Mourinho: «O Benfica é gigante, é o tipo de desafio de que preciso»

José Mourinho concedeu uma entrevista à UEFA na antecâmara do regresso à Champions League, cinco anos depois. O destino ditou que o primeiro duelo fosse um reencontro entre o técnico do Benfica e o Chelsea, clube que conduziu até à conquista de oito títulos, com destaque para três campeonatos.

«Já me aconteceu muitas vezes, inclusive quando saí do FC Porto, o meu primeiro jogo europeu foi Chelsea contra FC Porto. Considero que tenho a capacidade de, durante 90 minutos, esquecer completamente onde estou, com quem estou a jogar, em que cidade é que estou», defendeu Mourinho, imune à nostalgia durante o decorrer de cada partida.

O técnico dos encarnados confessou, ainda assim, que tem outra postura na antecâmara e o rescaldo deste tipo de partidas e que «fazer um Chelsea-Benfica não é seguramente a mesma coisa que fazer Arsenal-Benfica».

O regresso a Stamford Bridge pela primeira vez desde fevereiro de 2022 acontece enquanto técnico do Benfica, segundo clube que volta a comandar... depois do Chelsea. Mourinho destaca que «estar de volta ao Benfica é estar de volta a um clube gigante, não só a nível social, mas também a nível histórico».

O técnico dos encarnados não escondeu a satisfação por regressar, mas destacou a magnitude do desafio: «O Benfica é gigante. E, nesse sentido a responsabilidade é gigante, as expectativas são gigantes, é tudo gigante, mas é o tipo de desafio de que eu preciso. A minha vida tem sido praticamente sempre nesta dinâmica.»

O primeiro jogo europeu na segunda passagem pelas águias vai marcar o regresso de José Mourinho à UEFA Champions League, com um novo formato. O técnico do Benfica defende que ainda está a formar opinião sobre a troca da fase de grupos pela fase de liga e adição de um play-off: «Estou num momento de estudo, que não me permite dizer que gostava mais do primeiro formato ou que gosto mais deste. É diferente. No ano passado joguei este formato na Europa League, e eu prefiro dizer que é inovador.»

«Ao mesmo tempo, aquilo que é inovador é também um bocadinho estranho, no sentido de: joga-se só um jogo contra uma equipa. Ao jogar só um jogo, há aquela frustração de: só jogo fora, gostava de jogar em casa; ou se jogo em casa, gostava de jogar fora. Ou não é justo que, numa classificação entre tantas equipas, eu esteja nesta classificação, mas não joguei contra uma equipa que está à minha frente. É um bocadinho estranho. Mas é engraçado porque também te permite jogar contra adversários, neste caso, oito adversários diferentes, logo numa fase inicial. Temos de nos adaptar», explicou Mourinho.