Matheus abre o livro: mágoa por não representar Portugal, elogios a Farioli e regresso a Braga
No verão, Matheus Magalhães saiu em definitivo do SC Braga e terminou um ciclo de 11 anos em Portugal. Esta quinta-feira, regressou pela primeira vez ao país enquanto profissional, mas o seu Estrela Vermelha foi derrotado pelo FC Porto no Estádio do Dragão, por 1-2, embora tenha estado perto de somar um ponto.
«Saímos de cabeça levantada, porque demos tudo. É o futebol, é o detalhe, infelizmente ali quase no último minuto saiu aquele lance. O FC Porto teve essa felicidade, mas saímos de cabeça erguida pelo trabalho que fizemos aqui. Não é fácil vir jogar aqui no Dragão de igual para igual com o FC Porto. Claro que queríamos um resultado positivo, infelizmente não aconteceu», começou por dizer, em entrevista à Sport TV, analisando as mudanças de Farioli no onze e lembrando o duelo com o Benfica.
«Sinceramente sim, eu também estava à espera dessa mudança, por causa do jogo importante que vão ter no domingo [risos]. Mas sabemos que qualquer jogador que joga no FC Porto tem de qualidade. Mas saímos de cabeça levantada pelo que fizemos», explicou, elogiando bastante o seu ex-treinador no Ajax - foi emprestado pelos minhotos na segunda metade da última temporada ao clube dos Países Baixos.
«Acho que o resultado fala por ele. Como pessoa, como treinador, é muito bom. Não dispensa elogios e a forma que ele introduziu no FC Porto, a estratégia, acho que tem mudado bastante e acho que vai ser um campeonato muito competitivo. Sim, essa intensidade, o que ele treina é o que ele faz no jogo. Isso não tem como. O jogador quando treina como jogo, então isso é espelho do dia a dia», garantiu, afirmando que foi «especial» ter regressado a Portugal como jogador e sabendo que vai voltar ainda para defrontar o SC Braga, seu ex-clube.
«Hoje aqui já não foi fácil, voltar a Portugal. Fiquei aqui 11 anos, construí a minha família aqui, conheci a minha mulher cá, os meus filhos nasceram cá. Então esse regresso já foi assim, já foi especial, mas claro que o próximo jogo vai ser ainda mais especial. Não são 11 dias, não são 11 meses, foram 11 anos num grande clube. Claro que vou ter essa sensação mista, mas espero sair vitorioso [risos]. Agora já ganhou, têm seis pontos, deixem para nós [risos]», brincou, admitindo que sente mágoa por não ter chegado a representar Portugal.
«Sim, claro que sim. Todos os jogadores têm um sonho de representar a seleção do seu país, eu sou português, não tenho como esconder. Cumpro os meus deveres, então claro que fiquei 'naquela'... mas Deus sabe de todas as coisas e é continuar a trabalhar. E porque é que ainda não pode acontecer?», finalizou.