Marítimo: Midtjylland quer levar Noah Madson
Depois da recente venda do treinador Vítor Matos ao Swansea (Reino Unido) por um milhão de euros – é a maior venda da história de um clube a atuar na Liga 2 e a sexta maior de um técnico saído do futebol português –, o Marítimo pode estar prestes a obter mais uma receita extraordinária. As boas exibições do central Madson despertaram a cobiça de vários clubes e, sabe A BOLA, um dos que se apresenta em melhores condições de levar o jovem defensor é o Midtjylland, da Dinamarca.
Alvo de intensa observação por parte dos scouts do emblema dinamarquês, tudo aponta para que a janela de transferência de inverno seja aproveitada para antecipar a compra de Noah Madson (24 anos). Com um preço estabelecido nos 2,5 milhões de euros, os sinais exibidos pelos madeirenses nas negociações com o Swansea por Vítor Matos – o director desportivo João Moura fez ponto de honra de que a venda só se daria pelo valor da cláusula de rescisão, recusando sucessivas ofertas de menor valor enviadas pelos galeses, intransigência que teve efeitos incríveis para os cofres da SAD – servem de exemplo para o Midtjylland, que ou paga o que o Marítimo pede ou salta fora da corrida.
Aliás, a política desportiva imposta desde a chegada de João Moura ao clube, para transformar em realidade a esperança do presidente Carlos Gomes em devolver os verdes e rubros à Liga – aliás, entram nesta jornada da Liga 2 na condição de líderes do campeonato –, num curto espaço de meses permitiu um encaixe que pode atingir muito em breve aproximar-se dos três milhões, só com as vendas de Vítor Matos e a do espanhol Fábio Blanco, por quem o Vitória de Guimarães pagou à cabeça 1,2 milhões de euros, com as variáveis impostas pelo Marítimo nesse acordo a poderem ascender aos 1,8 milhões, mediante o cumprimento de alguns objetivos perfeitamente exequíveis.
Miguel Moita com cláusula de €2 milhões
Para quem viu o negócio da venda da SAD ser adiado – a polémica em redor dos investidores brasileiros com quem Carlos Gomes chegou a ter princípio de acordo para a cedência de 40 por cento dos direitos da sociedade anónima –, são vendas extraordinárias como estas últimas promovidas pelo homem forte do futebol, João Moura, mais as que poderão advir da reabertura em breve do mercado de transferências – além de Madson, igualmente Simo Bouzaidi (avançado, 26 anos) e Martin Tejon (avançado, 21 anos) se encontram hipervalorizados – que permitem aos insulares navegar em águas mais tranquilas.
Mais: a troca de técnico gerada pela venda de Vítor Matos levou o director desportivo da agremiação madeirense, prestes a completar um ano no cargo, a agrafar uma cláusula de rescisão de dois milhões de euros ao contrato assinado pelo novo treinador, Miguel Moita, uma aposta ousada na linha do anterior técnico. É que, tal como o seu antecessor, Miguel Moita havia cumprido um longo percurso mas como treinador adjunto de Leonardo Jardim, durante década e meia, antes de se assumir agora e em estreia como técnico principal.
Outro mérito reconhecido à nova política desportiva é o facto de o Marítimo tentar explorar e promover jovens formados no clube: Nélio Batista, médio de 16 anos (!!), é o último exemplar e já pertence de corpo inteiro ao plantel principal, com as excelentes prestações na Liga Revelação a indiciarem um futuro promissor.