Treinador alemão emocionou-se ao ouvir o seu nome entoado pelos adeptos num evento de despedida em que foi brindado com um resumo dos melhores momentos dos nove anos que passou no Liverpool

Jurgen Klopp criticado por juntar-se à Red Bull: «Está a fazer um pacto com o diabo»

Adeptos e imprensa opõem-se à nova posição do ex-técnico de Liverpool e Dortmund

A partir de 1 de janeiro de 2025, Jurgen Klopp vai juntar-se à Red Bull como diretor-geral do futebol. O alemão, que deixou o Liverpool no final da temporada passada, vai coordenar e aconselhar todas as equipas do grupo Red Bull, incluindo o Bragantino, de Pedro Caixinha, o Salzburgo, da Áustria ou o RB Leipzig, da Alemanha. Esta decisão, porém, não chega sem críticas: os alemães, que se opõem reconhecidamente à influência da marca de bebidas energéticas no futebol, mostraram-se contra esta decisão do técnico.

Diz Gunter Klein, do jornal Munchner Merkur, que «Jurgen Klopp é tão falso como os seus dentes». Já o Der Spiegel vai mais longe: «Apresentou-se como 'O Normal' em Liverpool, em contraste com o Special One e conquistou reações entusiasmadas. Agora, já parece fazer sentido. Parece que interiorizou o mecanismo mais comum da indústria: o dinheiro.»

«A assinatura com a Red Bull faz desmoronar a fachada de homem impecável e destrói tudo aquilo que, segundo os adeptos, ele representa. Para eles, Klopp está a fazer um pacto com o diabo. Demoliu o próprio monumento em questão de segundos. A imagem que tinha como ícone do futebol alemão está danificada. Este homem, admirado em massa pelos adeptos, deixou todos incrédulos. Não pode gostar tanto de futebol como dizia», diz a página t-online.com. Não só na imprensa há críticas: «Finalmente há qualquer coisa positiva nesta mensagem do Klopp: em Dortmund, é possível fechar a porta emocional da era de Jurgen Klopp. Não há mais nostalgia por quem está a danificar o processo desportivo», diz um adepto do emblema alemão, citado pela BBC.