Formou-se no Tottenham, foi internacional jovem inglês e agora 'cozinha' fogaças para Sua Majestade
Nasceu em Londres, formou-se num dos mais emblemáticos clubes da capital inglesa, jogou UEFA Europa League e Liga Conferência pelo Tottenham e por estes dias já aprendeu o segredo das fogaças. Iguaria que leva a terras de Sua Majestade.
Falamos de Nile John, um jovem britânico que desde a temporada passada dá cartas no Feirense. Chegou com escola — além de ter crescido nos Spurs logrou também 14 internacionalizações por várias seleções jovens de Inglaterra (sub-16, sub-17 e sub-19) — e os apaixonados adeptos do emblema de Santa Maria da Feira rapidamente perceberam que estava ali um jogador diferenciado. Mas não é só dentro de campo (já lá vamos).
Analisemos, em primeira instância, o potencial de Nile John. Trata-se de um criativo por natureza, mas cuja versatilidade lhe permite jogar em qualquer posição da frente de ataque. Não sendo um ponta de lança (de todo!), já foi utilizado como falso 9, e não tendo raízes propriamente ditas como extremo desempenha com (extrema) competência a posição de ala. Em qualquer um dos corredores. Porque é rápido e bastante dotado tecnicamente. E essas qualidades permitem-lhe ter sempre solução para encarar os defensores contrários e gizar lances individuais que coloca à disposição do coletivo.
Mas é, acreditamos, no centro do terreno que Nile John pode explodir definitivamente. Talvez como número 10, pensando numa equipa que alinhe, por exemplo, em 4x2x3x1, ou então, e também com fortes probabilidades de dele ser extraído o melhor, na chamada função 8. Também em zonas de construção, mas pegando na bola mais atrás, de frente para o jogo, e ficando, assim, com mais metros para progredir e definir já no último terço ofensivo.
Porque o jovem inglês, de apenas 22 anos, apresenta-se sempre de cabeça levantada e denota pensar nas soluções até antes de ter a bola em seu poder. Esse dado, juntamente com a capacidade física que possui, confere-lhe a possibilidade de dar andamento aos fogaceiros.
Depois dos quatro golos apontados nos 18 jogos que realizou em 2024/2025, Nile John soma três tentos em 12 partidas na presente campanha. E o fator finalização deve-se, em parte, a uma outra especificidade que o londrino possui: o remate de meia distância. Seja de pé direito ou de pé esquerdo, não pede licença para atirar de longe. E costuma sair cada míssil...
Nile John tem ainda a particularidade de ser um profissional de excelência, não só no que diz respeito à nutrição e às horas de descanso, como também na integração na nova cultura. Fez questão de ter aulas de português e hoje fala fluentemente a língua de Camões.
Tem contrato até 2027 e o Feirense tem em Nile John um ativo que pode render muito dinheiro...
O dono da braçadeira
Landinho está de volta! E essa não é apenas uma boa notícia para o experiente médio, de 32 anos, mas também para o Felgueiras, que volta a poder contar com o forte contributo de um jogador que sabe como poucos os terrenos que pisa e dá ao coletivo um equilíbrio de enorme relevo.
O centrocampista esteve durante alguns meses afastado da competição, devido a uma lesão, mas já depois de ter sido suplente utilizado com o Académico de Viseu logrou a titularidade diante do Farense. A braçadeira lá estava, claro, no braço do capitão, e os durienses ganharam maturidade. É líder!
Em velocidade furiosa
Habituado a fazer muitas vezes o gosto ao pé ao longo da carreira, Bruno Silva segue com enorme faro pelo golo e na presente temporada já picou o ponto em quatro ocasiões (soma também uma assistência nos 13 jogos que contabiliza).
O extremo, de 27 anos, é um dos carburadores do ataque da UD Oliveirense e está sempre disponível para dar gás aos corredores, partindo para cima dos adversários no sentido de ganhar relvado e rumar a zonas de finalização. Uma vez nesses terrenos, ou faz mira às balizas contrárias ou serve os companheiros em bandeja de ouro. Supersónico.
O maltês mais... português
São 32 anos de idade, praticamente 15 enquanto sénior e 7 dos quais em Portugal. A razão para que Zach Muscat seja o maltês mais português está absolutamente justificada.
O experiente defesa-central do Chaves, que no nosso País já havia vestido as camisolas de Olhanense, Casa Pia e Farense, assentou que nem uma luva no eixo da retaguarda dos flavienses e com ele em campo a segurança é inegociável. Astuto nas dobras e nos duelos aéreos e sereno na saída de bola, no início da construção. Leva 12 jogos de azul-grená e encarna na perfeição o espírito de valente transmontano...