Foi expulso em Alvalade e admite simulação: «Interpretei mal a situação...»
Depois de somar cinco vitórias consecutivas e assumir a liderança da Ligue 1, o Marselha não ganhou em nenhum dos três jogos seguintes e tudo começou com uma derrota no Estádio José Alvalade (1-2). Emerson ficou marcado nessa reviravolta do Sporting por ser expulso ainda na primeira parte e pediu desculpas pela situação.
«Gostaríamos de ganhar todos os jogos, mas no futebol há momentos assim. Tivemos um pouco de azar nos últimos três jogos. Jogámos bem contra o Sporting e o Lens. Na primeira parte contra o Angers, não jogámos como estamos habituados. Continuamos confiantes, estamos positivos. Sabemos que podemos ir lá para ganhar o jogo», começou por dizer, em conferência de imprensa, explicando a sua simulação e criticando a arbitragem pelo primeiro amarelo.
«Fisicamente, é claro que continuo a ser humano, por isso podemos estar um pouco cansados. Ainda temos hoje para recuperar. O importante é estarmos mental e fisicamente preparados amanhã. Estaremos todos. Quanto ao cartão vermelho, nunca me aconteceu receber um cartão vermelho como o segundo cartão amarelo. Interpretei mal a situação, tenho a minha responsabilidade, mas é impossível receber um primeiro cartão amarelo como o que recebi. Isso pode deixar-me um sabor amargo. O árbitro não viu a ação e disse que eu queria pegar a bola com a mão, o que não é verdade, eu estava a retirar o braço. O segundo cartão amarelo é da minha responsabilidade. É preciso decidir as coisas rapidamente em campo, lamento pelos meus colegas de equipa por os deixar com dez. Mas é preciso seguir em frente e pensar no próximo jogo», explicou, passando a palavra ao treinador Roberto De Zerbi, que também falou sobre esse jogo.
«Não me sinto ofendido pelas críticas que leio após Lisboa e pelas minhas escolhas táticas. Vermereen teria dificuldade em defender com dez jogadores, ele ainda é jovem. Mason saiu contra o Angers e poderia ter defendido um pouco. Vermereen também, mas ele é um talento para este clube e devemos apoiá-lo. Tal como Robinio Vaz ou Bakola. Depois, por vezes temos limitações defensivas, mas tentamos trabalhar da melhor forma para ultrapassar essas limitações», disse o italiano, protegendo também os seus jogadores, incluindo Emerson, que foi expulso, e Pavard, que praticamente fez autogolo em Alvalade e no jogo seguinte.
«Ficaria triste se perdêssemos em Auxerre, mas estou no futebol há muito tempo. Há momentos em que é fácil e outros em que é mais difícil. Emerson, por exemplo, não sei quantos cartões amarelos por simulação recebeu na carreira, mas isso mudou o rumo do nosso jogo. Não sei quantas vezes Pavard marcou dois autogolos em três dias na sua carreira. Eu tenho de ver as coisas com mais lucidez, não pensar apenas neste jogo. Um treinador está sempre em perigo, o seu banco está sempre quente. Eu tenho medo quando não dou o meu máximo, mas acho que trabalho o suficiente para dar tudo», garantiu.
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