FC Porto: soldado da fortuna de Farioli segue no onze
Por força do quinto amarelo com que Bednarek foi admoestado no campeonato diante do Estrela da Amadora, Francesco Farioli vê-se na contingência de mexer no eixo defensivo amanhã, em Alverca. Tendo em conta que Nehuén Pérez se encontra lesionado por um período longo, em face da cirurgia a que foi submetido ao tendão de Aquiles, a solução poderia passar por Dominik Prpic, outro central de raiz, mas o treinador do FC Porto já disse publicamente que não é apologista de lançar ao mesmo tempo dois esquerdinos naquele setor do terreno. Assim sendo, Pablo Rosario, depois de mais um excelente jogo frente ao Famalicão na Taça de Portugal, deve recuar no terreno, fazendo parelha com o polaco Kiwior.
Será a quarta vez na temporada que o internacional pela República Dominicana atuará nessa posição, já que o fez anteriormente contra Nice, Sintrense e, mais recentemente, na derrota diante do Vitória de Guimarães, na Taça da Liga. Farioli já destacou publicamente a capacidade que Pablo Rosario tem para se adaptar a várias posições, mediante a necessidade da equipa azul e branca... e do treinador.
No levantamento que A BOLA fez, o jogador contratado no defeso aos franceses do Nice já fez 12 jogos na condição de titular, tendo começado seis deles como trinco, três como lateral-direito quando Alberto Costa e Martim Fernandes estiveram lesionado em simultâneo, três como central adaptado e um como uma espécie de box-to-box, aposta que não correu bem a Francesco Farioli, no encontro com o Nottingham Forest, em Inglaterra, para a UEFA Europa League. De resto, nas 12 partidas em que foi utilizado no onze inicial, o FC Porto conquistou nove triunfos, perdeu contra Nottingham Forest e V. Guimarães e obteve ainda um empate (1-1) com o Utrecht, em solo neerlandês.
A fiabilidade que Rosario apresenta dentro de campo já levou Farioli a apelidar o camisola 13 de soldado. Um soldado da fortuna, que encaixou na perfeição no perfil para defender as cores azuis e brancas, numa época que, até ao momento, está a correr bem ao coletivo, mas também ao próprio Pablo, que rapidamente caiu no goto do exigente universo azul e branco, ao ponto de os adeptos começarem a reclamar a sua titularidade na posição 6, em detrimento de Alan Varela, um pouco abaixo dos índices habituais nos últimos jogos.
Seja a lateral, central, trinco ou mais à frente, Pablo Rosario tem dados provas inequívocas de competência, que justificam a sua contratação. Já se diz, no Dragão, que é um jogador «à Porto».