Treinador do FC Porto muito satisfeito com a exibição do guardião em Alverca

«Espero que a colaboração com Diogo Costa dure muito tempo»: tudo o que disse Farioli

Análise do treinador do FC Porto à vitória (3-0) com o Alverca. Eslogia Samu, Borja Sainz e Alan Varela e explica porque Alberto Costa saiu ao intervalo

— Qual a importância de o FC Porto ter conseguido marcar três golos ao Alverca e, ao mesmo tempo, não sofrer nenhum neste jogo?

— Ambas as coisas são muito importantes. Queríamos manter a baliza a zeros e conseguimos marcar três golos, além de termos enviado uma bola à trave e criado outras boas situações. Foi uma exibição sólida, especialmente considerando que o relvado não estava fácil e defrontámos um adversário muito físico, forte e rápido no ataque. Os jogadores abordaram o jogo com a mentalidade certa.

— O Samu não marcou hoje, mas foi decisivo nos dois primeiros golos. Como avalia a evolução dele no jogo coletivo?

— O Samu está a crescer imenso. Está a tornar-se um jogador muito mais completo a cada dia. Foi fundamental no segundo golo e também no primeiro, com aquela movimentação e o passe para o Rodrigo. Ele é um finalizador nato, mas está a aprender a jogar para a equipa e com os companheiros. Essa progressão é excelente para nós.

— O Borja Sainz não bisava desde agosto, mas hoje bisou. Considera que esta foi a sua melhor exibição desde que chegou ao FC Porto?

— Não sei se foi a melhor, mas foi uma das melhores. Marcou dois golos depois de um período em que também tem jogado bem, mas para um avançado marcar é sempre importante.

— O FC Porto vai passar o Natal na liderança, como olha para isso depois do colapso do Ajax que treinava na época passada?

— Estamos em dezembro e ninguém celebra títulos nesta altura. O segredo tem sido o ADN â FC Porto: trabalho, sacrifício e a capacidade de suar a camisola. O desafio é manter este espírito coletivo acima das individualidades. Temos muitos jogos pela frente em janeiro (Liga, Liga Europa, Taça) e não há tempo para fazer cálculos ou olhar para o passado.

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— Qual a sua opinião sobre a nomeação de João Pinheiro e as polémicas da arbitragem?

— Sobre a arbitragem, a minha posição e a do clube estão totalmente alinhadas; já disse o que tinha a dizer e não vale a pena acrescentar mais agora.

— Diogo Costa completou hoje 150 jogos na Liga pelo FC Porto. Qual a importância dele para este grupo?

— O Diogo é fundamental. Hoje fez duas defesas cruciais em momentos em que sofremos um pouco mais. Além da qualidade técnica, ele traz carisma e uma liderança natural. Ajuda-me muito a manter os padrões de exigência elevados no grupo e a manter a estabilidade. É um orgulho trabalhar com ele e espero que a nossa colaboração dure muito tempo.

— Ao intervalo, o Francisco Moura entrou para o lugar de Alberto Costa. Houve alguma lesão? E como viu a presença do presidente André Villas-Boas no balneário?

— O Alberto Costa sentiu-se um pouco doente antes do jogo e ao intervalo disse que não se sentia confortável para continuar. Não quisemos correr riscos. Não pus o Francisco Moura a titular porque ele teve um pequeno problema, não treinou no início da semana por alguns problemas físicos, mas esteve muito bem ontem e planeámos gerir 45 minutos para cada um. Quanto ao presidente, ele está sempre presente para apoiar, dar um abraço aos jogadores e sentir o grupo. Essa proximidade entre a direção, equipa técnica e jogadores é vital.

Pablo Rosario jogou a central e Martim Fernandes na esquerda. Como analisa estas adaptações?

— O Pablo não é novo nestas andanças. É um jogador extremamente inteligente, que se adapta ao que a equipa precisa e faz sempre uma exibição de qualidade, como fez hoje contra avançados muito físicos. O Martim é outro exemplo de versatilidade; pode jogar na esquerda ou na direita com a mesma competência. Estou muito feliz com a evolução dele e com a sua ética de trabalho diária.

— Na primeira parte, os centrais e o Alan Varela foram fundamentais na construção. Como lida com a pressão que os adversários colocam na vossa saída de bola?

— Os nossos centrais e o "6" (Alan Varela) são os gatilhos de toda a nossa fase ofensiva. Os adversários tentam sempre condicionar o Alan, por isso, é essencial que os centrais assumam a iniciativa e tenham a capacidade de ler o jogo. Trabalhamos muito o reconhecimento destas situações para encontrar a melhor resposta tática, independentemente da estratégia do oponente. Aproveito para desejar um Feliz Natal a todos e, especialmente, aos nossos adeptos que nos apoiaram aqui hoje de forma fantástica.