Espanha dá bom vento e bom... apuramento (crónica)
Foi com sotaque espanhol que o Casa Pia triunfou no reduto do Ançã. Gaizka Larrazabal — que cumpre a terceira temporada consecutiva nos gansos e que é um dos indiscutíveis do emblema de Pina Manique (razão pela qual pode dizer-se, com toda a certeza, que Espanha dá bons ventos e bons... apuramentos) — destacou-se no sintético do emblema que milita na Divisão de Elite da AF Coimbra e abriu caminho (a dobrar) à vitória alcançada pelos lisboetas.
Logo aos 10 minutos, o ala direito apareceu na área contrária e tirou um chapéu com as medidas perfeitas ao guarda-redes contrário, inaugurando o marcador com nota artística.
Não satisfeito, o camisola 72 voltou a picar o ponto ao cair do pano da primeira parte, depois de fugir pelo seu corredor de eleição e tirar um cruzamento/remate que levou a bola a anichar-se no fundo das redes da baliza do conjunto conimbricense.
Estes dois momentos deram um certo descanso aos gansos, pese embora a formação orientada por João Pereira nunca tenha desligado a ficha e tenha continuado sempre a controlar as operações para não ser surpreendida. Até porque, refira-se, do outro lado estava uma equipa extraordinariamente abnegada e que, com uma valentia digna de registo, nunca atirou a toalha ao chão. E o Ançã até cheirou o golo que recolocasse a eliminatória em aberto...
Quem marcou (novamente) foi, efetivamente, o Casa Pia. Já em período de compensação, Xander Severina (estreia absoluta do extremo internacional por Curaçau com a camisola da formação de Pina Manique) fez uma assistência perfeita e Tiago Morais só teve de encostar para fechar as contas.