Djokovic também entra nas críticas ao calendário, mas diz: «Os jogadores não são unidos»
Iga Swiatek, Coco Gauff ou Carlos Alcaraz foram algumas das estrelas mundiais que criticaram abertamente a sobrecarga a que os tenistas estão sujeitos atualmente, por causa do calendário, e Novak Djokovic também se juntou à festa esta quinta-feira.
De regresso à competição para participar no Masters 1000 de Xangai, o atleta sérvio lembrou que há mais de 15 anos que tem alertado para o problema do calendário, mas lamentou que os protagonistas do desporto não sejam unidos.
«Há mais de 15 anos já eu falava sobre a necessidade de nos unirmos e reorganizarmos o calendário. É um desporto individual, no final de contas cada um pode fazer as suas escolhas. Mas há pessoas que não querem mudar as coisas para melhor, principalmente quando se trata do bem-estar dos jogadores», afirmou, à imprensa.
«Os jogadores ainda não estão unidos o suficiente. É preciso que principalmente os melhores jogadores se sentem, arregacem as mangas e realmente se importem com esta situação», acrescentou.
Aos 38 anos, Djokovic não conseguiu vencer nenhum Grand Slam este ano, mas aponta agora o Masters 1000 de Xangai como um grande objetivo: «Trabalho ao máximo, porque ainda quero competir de igual para igual com Carlos [Alcaraz] e o Jannik [Sinner] nos torneios do Grand Slam. Se não estiveres a 100 por cento fisicamente contra eles, todo o teu jogo é afetado. Sei que é difícil vencê-los em encontros à melhor de cinco sets, porque não chego aos nossos duelos tão fresco como eles. É uma realidade que tenho de aceitar. Acredito que nos Masters 1000 tenho maiores chances de ganhar um título importante.»
No torneio chinês, Djokovic vai estrear-se na segunda ronda, diante do croata Marin Cilic.