«Diziam-me para fingir uma dor»: Raphinha recorda mudança para o Sporting
Em 2024/25, Raphinha fez a melhor temporada da sua carreira, até agora, e terminou no quinto lugar da Bola de Ouro, o que até causou alguma polémica. Preparado para mostrar novamente este nível esta época, e quem sabe fazer melhor, o internacional brasileiro está atualmente a recuperar de lesão e recordou a sua carreira, incluindo a passagem pelo Sporting.
O extremo esteve apenas uma temporada nos leões, em 2018/19, depois de duas em Guimarães, e afirmou que podia ter rumado a Lisboa mais cedo, mas o clube minhoto não aceitou, apesar de Raphinha ter falado sobre uma possível mudança com o treinador Jorge Jesus ainda antes do mercado de janeiro em 2018.
«Eu já estava há dois anos e meio em Portugal [no Vitória de Guimarães], já vinha acompanhando o trabalho dele no Sporting, mesmo sem saber que poderia ir para o Sporting. Quando soube do desejo do Sporting, apresentaram-me o projeto e tal, disseram-me que era um desejo muito grande do treinador. Foi muito bom. O Sporting queria que me apresentasse antes da janela de inverno, mas o Vitória não aceitou essa opção», começou por dizer, em entrevista à ESPN Brasil, antes de recordar uma história sobre essa situação.
«Falei com ele [Jorge Jesus] brevemente, inclusive joguei contra ele no último dia da janela. Tive até conversas com funcionários do Sporting, que me diziam para fingir uma dor, fingir alguma coisa para não jogar, e eu disse que o meu profissionalismo estava acima de tudo. Eles entenderam logo com quem estavam a lidar. Falei depois com o mister, disse que queria contar comigo então na temporada seguinte, mas infelizmente não aconteceu. Cheguei lá depois e ele já não era mais o treinador», disse, lamentando o facto de não ter sido orientado pelo atual treinador do Al Nassr (foi Keizer o seu técnico em Alvalade).
«Tenho carinho por ele, encontrámo-nos algumas vezes depois. Ficou mesmo aquele gostinho de ter trabalhado com ele. É um dos melhores treinadores, fez trabalhos incríveis por onde passou, e eu particularmente gosto de trabalhar com os melhores. Acompanhei muito o sucesso dele no Brasil também. Fica aquele sabor do que poderia ter sido...», atirou, falando sobre a evolução na sua carreira - do Vitória, para o Sporting, Rennes, Leeds e... Barcelona.
«Acho que sim. Até brincamos aqui em casa, que, se fizermos uma série, ela teria muitos capítulos. Seriam muitas temporadas. Daria uma boa série. Todo o profissional constrói uma carreira única, cada um tem a sua maneira de levar. Sempre tive um foco, sempre acreditei no meu potencial. Obviamente, quando ainda estava no Avaí, não me imaginava no Barcelona, mesmo sendo isso um sonho. Sempre pensei degrau em degrau, um dia após o outro, uma temporada após a outra. Sempre busquei dar o meu melhor», explicou, afirmando que podia ter ficado no top-3 e não em quinto na Bola de Ouro e explicando o comentário da sua mulher ao ranking.
«Sim. Aquilo que ela escreveu, foi aquilo que ela estava a sentir no momento. Acredito que muita gente sentiu o mesmo. Foi a melhor temporada da minha carreira. Obviamente, não vou me acomodar nela. Essa temporada mostrou, e não só para mim, até onde posso chegar, que posso estar a lutar por prêmios individuais e coletivos. Mas o meu objetivo principal, em todas as temporadas, é ganhar títulos com a minha equipa. Quando ganhas com a tua equipa, os prêmios individuais acontecem. Sou muito grato pela temporada passada», garantiu.
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