'Milagre' Di María exponenciou o interesse dos adeptos pelo Rosario.  FOTO IMAGO
'Milagre' Di María exponenciou o interesse dos adeptos pelo Rosario. FOTO IMAGO

Di María vale 100 mil sócios

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Eis a lista tradicional dos cinco grandes da Argentina, os dois primeiros acima dos demais: River, Boca, Independiente, Racing e San Lorenzo. Eis agora a lista, atualizada nos últimos dias, dos quatro clubes com mais sócios no país: River, Boca, Independiente e… Rosario Central.

Qual a razão para termos um intruso? Ángel Fideo Di María, claro. Com o ex-Benfica, o Central ultrapassou 100 mil sócios, atrás apenas de River, com 351 mil, Boca Juniors, 323, e Independiente, 160. O argentino foi ponto de partida para A BOLA falar com dirigentes e especialistas sobre sócios no Brasil. O Palmeiras é líder. Para Henrique Guidi, diretor de negócios do Grupo End to End, que faz a gestão do programa de sócios do verdão, «o clube foi o primeiro a entender que existe um ecossistema de produtos que se podem potencializar».

O Inter, primeiro clube brasileiro a atingir 100 mil sócios no país, tem faturado perto de 14 milhões de euros por mês. «De 2022 para cá, tivemos um aumento de 40 mil sócios», diz Victor Grunberg, vice do clube. Já o Santos saltou de 45 mil sócios para aproximadamente 67 mil, impulsionado pelo regresso de Neymar. «Mas a ampliação de sócios é uma meta estratégica desde 2024, trabalhamos para tornar o programa mais atrativo e eficiente», afirma o presidente Marcelo Teixeira.

«Quanto mais conexão o departamento de marketing tem com o futebol, com mais antecedência saberá coisas e poderá transformar toda a audiência em negócios», diz Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing desportivo.

Para Henrique Borges, executivo de novos negócios na Somos Young, empresa que utiliza tecnologia de ponta no atendimento a sócios, a evolução dos programas mudou a forma como os clubes veem o mercado. «Eles já perceberam que oferecer apenas acesso aos jogos não é suficiente, até porque essa vantagem é limitada pela capacidade do estádio, é necessário o torcedor ser o foco e, para isso, é fundamental conhecê-lo bem.»

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, diz que«na prática o número de sócios é pouco relevante». «O que interessa é a relação entre o quanto se arrecada com eles e o número de lugares para venda avulsa do qual o clube abdica para atendê-los», acresdcenta. Por falar em estádios, a biometria e outros requisitos hoje usados no Brasil são essenciais. «Com sistemas de controle de acesso biométrico e facial e gestão em programas de sócio, temos contribuído para segurança, conforto e interatividade», explica Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply, empresa dedicada à modernização dos estádios.

Entretanto, contratar craques como Fideo ajuda.

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