Destaques do V. Guimarães: a noite em que Charles não foi rei e obrigou Handel a ficar no trono
(4) CHARLES — Penalizado bastante na nota pelo erro comprometedor que teve, ao derrubar sem necessidade Francisco Conceição. Imprudente na forma como abordou o lance. Tentou redimir-se depois, adivinhou o lado do penálti de Taremi e fez um punhado de enormes defesas, evitando o avolumar do marcador por parte dos dragões. Mas o erro maior no encontro é-lhe atribuído.
(5) JORGE FERNANDES — Corte providencial a evitar, na altura, o terceiro golo do FC Porto, quando Galeno já se preparava para fuzilar Charles. Evitou ainda na primeira parte duas investidas de Wendell pelo flanco esquerdo.
(4) BOREVKOVIC — Bastante nervoso nas suas ações, teve uma má conduta ao desfazer com o pé a zona da marcação do penálti. Viu o cartão amarelo e arriscou a ser expulso por aplaudir de seguida Artur Soares Dias. No terceiro golo cabeceou para a zona onde apareceu Romário Baró, que serviu Pepê para matar o jogo.
(4) MANU SILVA — Noite de muito trabalho para o central do V. Guimarães, que foi impotente para travar as diabruras de um Francisco Conceição verdadeiramente inspirado. Ficou algo condicionado a partir do momento em que viu o cartão amarelo por derrubar o extremo dos azuis e brancos.
(5) BRUNO GASPAR — Bastante voluntarioso, teve sempre a preocupação de tapar os caminhos da baliza para Galeno. A partir do momento em que o FC Porto operou a reviravolta, excedeu-se nas faltas e correu o risco de ser expulso.
(5) TIAGO SILVA — A formiguinha do costume. Um operário de excelência, que só não recebe o título de melhor do V. Guimarães por ter deixado escapar Romário Baró no lance do 3-1. Correu quilómetros e foi sempre ao choque, não obstante ter visto um amarelo bem cedo na partida.
(4) NUNO SANTOS — Uma aposta falhada de Álvaro Pacheco no onze. A intenção do treinador vitoriano era que fosse o municiador do ataque, mas esteve sempre aquém do esperado. Bastante previsível nas suas ações. Foi sempre presa fácil para os médios dos azuis e brancos.
(5) AFONSO FREITAS — Abriu o ativo ainda antes do primeiro minuto estar concluído. Aproveitou uma benesse da defesa do FC Porto para empatar a eliminatória, mas não conseguiu travar Francisco Conceição no lance do segundo golo azul e branco. Talvez por isso tenha sido substituído.
(5) JOTA SILVA — Foi das suas mãos, através de um lançamento de linha lateral, que o V. Guimarães se colocou em vantagem. Esforçado, mas sem a clarividência dos últimos encontros. Travou alguns duelos com Pepe, mas o experiente central levou sempre a melhor. Saiu com cara de poucos amigos quando viu o seu número na placa de substituição.
(5) NÉLSON OLIVEIRA — Antecipou-se a Pepe no lance do 0-1 e teve o ensejo de conseguir o empate antes do intervalo, mas cabeceou mal após um cruzamento primoroso do lado direito. Batalhou sempre entre a dupla de centrais contrária.
(4) MIGUEL MAGA — Entrou para impedir a progressão de Galeno pelo flanco esquerdo. Mas não conseguiu cumprir a missão a preceito. Nunca se soltou das amarras e aventurou em ações ofensivas.
(6) KAIO CÉSAR — Entrou com algum atraso na partida, depois de no jogo do campeonato ter realizado uma boa exibição. Deu mais acutilância ao setor atacante dos vimaranenses, colocando a defesa portista em sentido algumas vezes.
(4) MIKEL VILLANUEVA — Entrou para dar maior consistência ao último reduto do V. Guimarães e também para tentar os lançamentos em profundidade para os companheiros da linha ofensiva. Tentou acudir a alguns fogos, quando o FC Porto surgiu em transições perigosas.
(4) ANDRÉ ANDRÉ — Entrou com a missão de dar maior consistência ao meio-campo, tentando estancar o maior poderio do adversário nessa zona nevrálgica do terreno. Mas a verdade é que os dragões, onde fez a sua formação, acabaram por sentenciar a partida e terminar com o sonho dos vitorianos chegarem ao Jamor novamente.