De Mourinho a Drogba: os nomes mais marcantes da carreira de Ricardo Carvalho
— Treinador que mais o marcou?
— José Mourinho, por todas as razões mais algumas. Sou o jogador que mais jogos fez com o ele. Era um treinador que ia muito ao detalhe, que exigia muito. E eu fui lidando bem com essa exigência.
— Melhor central com que jogou?
— John Terry. Quando cheguei, ele cresceu em Inglaterra. E era uma pessoa que eu admirava pelo espírito que tinha. Era um líder, um pouco à imagem do Jorge Costa, ou do Fernando Couto. Um guerreiro dentro do campo, com muita qualidade.
— Jogador mais difícil de defrontar?
— O que mais me surpreendeu foi o Drogba. Joguei contra o Van Nistelrooy, que tinha muito talento e qualidade, mas o Drogba era desconhecido na altura em que eu estava no FC Porto e jogámos contra o Marselha. A força, explosão e potência que ele tinha eram incríveis. Era difícil pará-lo. Depois, como colegas, tivemos uma grande amizade. Jogámos seis anos no Chelsea e foi incrível partilhar o balneário com ele.
— Colega mais divertido?
— Gostava muito do Michael Essien. Identificava-me bastante com ele, era muito divertido. Mas no Chelsea falava mais com o Bosingwa, porque era português e a nossa relação cresceu muito quando ele foi jogar para lá, apesar de já o conhecer do FC Porto. Também tinha uma grande relação com o Tiago. Ainda hoje somos muito amigos.
— Jogo mais marcante?
— Talvez a final da Champions [2004], que tornámos fácil. Quando era mais novo, o meu sonho era ganhar algumas Champions, pelo hino, por aquilo que representava... Cresci no FC Porto e ganhar um título tão importante pelo clube foi um sonho.
— Golo favorito na carreira?
— Escolho um do jogo em que fomos bicampeões ingleses. Ganhámos 3-0 ao Manchester United, em abril de 2006. Eu roubo a bola ao Van Nistelrooy na área e depois tinha aquela coisa de ir para a frente. Acompanhei a jogada, acho que é o Joe Cole que dá a bola para o lado esquerdo. Domino para dentro, chuto muito forte e marco golo ao Van der Sar.