O retrato do 50.º golo de Pavlidis de águia ao peito - Foto: Miguel Nunes
O retrato do 50.º golo de Pavlidis de águia ao peito - Foto: Miguel Nunes

De Di María a Eusébio: Pavlidis «maduro» 'ameaça' históricos do golo do Benfica

Avançado foi o primeiro em 60 anos a marcar 43 golos de águia ao peito num ano civil. Rui Águas elogia números do goleador, mas destaca outras valências de avançado «feito». SC Braga é a próxima missão

Vangelis Pavlidis chegou uma marca redonda ao serviço do Benfica diante do Famalicão. O penálti marcado com força e colocação selou o 50.º golo do internacional grego de águia ao peito.

O percurso de Pavlidis, contratado ao AZ Alkmaar por €18 milhões no verão de 2024, até começou com alguma desconfiança das bancadas, fruto de apenas sete golos marcados nos primeiros quatro meses da época.

A dúvida transformou-se, definitivamente, em certeza em 2025, ano civil no qual apenas Harry Kane (59 golos) e Kylian Mbappé (51) fizeram mais vezes o gosto ao pé. A trajetória ascendente do atual melhor marcador da Liga não surpreende Rui Águas, autor de 104 golos em 237 jogos disputados pelas águias. O antigo avançado do Benfica frisa, em declarações a A BOLA, que a qualidade de Pavlidis «nunca esteve em dúvida mesmo nos períodos menos concretizadores.»

A capacidade «útil» do avançado construir de costas para a baliza e pautar os ritmos do ataque encarnados é complementado por um faro apurado de golo, «sempre importante para a confiança de um avançado». Rui Águas admite que «é difícil fugir» do «stress» da adaptação.

Pavlidis superou a pressão inicial e respondeu com um registo ímpar entre os avançados das águias nos últimos 60 anos. O internacional helénico foi o primeiro jogador dos encarnados a marcar 43 golos num ano civil desde Eusébio em 1965. Pavlidis pode tornar-se ainda no terceiro jogador das águias com mais golos marcados pelo clube num ano civil, caso faça o gosto ao pé em Braga, no domingo.

Rui Águas aplaude os números, mas destaca a «influência global» de Pavlidis «por tudo aquilo que representa para a equipa, inclusive em termos defensivos». O antigo avançado das águias não poupa elogios ao «jogador feito e muito maduro», que espera que permaneça na Luz. «Vejo-o no Benfica [no futuro]. Não está na idade ideal para o clube tirar proveito financeiro. Aquilo que representa nesta altura faz dele um jogador para ficar. Não me admitira se igualasse jogadores históricos», explicou o antigo internacional luso.

Para já, um golo em Braga garante a entrada de Pavlidis no top 10 de melhores marcadores estrangeiros de sempre do Benfica, a par de Ángel Di María (51), e um bis permite-lhe igualar o compatriota Kostas Mitroglou (52). Óscar Cardozo é o goleador estrangeiro máximo das águia, com 172 remates certeiros.

Pavlidis é, por esta altura, de forma destacada, o melhor marcador da época do Benfica com 20 remates certeiros, oito dos quais da marca dos onze metros. A frieza é cartão de visita para um bombardeiro que deu a vitória aos encarnados em nove ocasiões.

Galeria de imagens 10 Fotos

Mais do que os golos, ainda assim, o controlo emocional e leitura de jogo impressionam Rui Águas, que admite que podem resultar num papel ainda mais importante no quotidiano encarnado: «Capitão? Tem características para isso.»