Cristóvão Carvalho reage a empate com o Rio Ave e pede que «não se contrate com objetivos eleitoralistas»
Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica, reagiu ao empate com o Rio Ave (1-1), aproveitando para criticar o presidente Rui Costa, que considerou ter «falta de liderança», atribuindo-lhe responsabilidade pelos recentes resultados - três jogos seguidos sem vencer no estádio da Luz.
«O resultado do jogo com o Rio Ave é a demonstração que a vontade, a garra ou o espírito de conquista não se fazem por via de gastos sumptuosos de muitos milhões de euros. Tudo isto mais não é do que consequência da falta de liderança de Rui Costa e da atual direção, os verdadeiros responsáveis por esta maré de maus resultados que atravessamos.»
Para isso, exige um projeto a longo prazo, com uma direção que não «contrate apenas com objetivos eleitoralistas»: «É fundamental ter um projeto devidamente estruturado, com uma direção ciente do que pretende para o futuro da Instituição. Apenas assim, equipas técnicas e jogadores estarão confortáveis e poderão explorar todo o seu elevado potencial. E esse projeto exige uma visão a médio e longo, que não navegue à vista nem contrate apenas com objetivos eleitoralistas.»
Para Cristóvão Carvalho, o projeto passa por apostar mais na formação, com tempo passado na equipa principal: «É fundamental ter uma equipa estável, com aposta nos jovens valores do Seixal, ou não fosse a nossa formação uma das melhores do mundo, como vemos diariamente, através do sucesso além-fronteiras dos nossos antigos atletas. E essa aposta implica que esses jovens fiquem pelo menos 4 anos na equipa principal, que ganhem experiência e transmitam a mística e a exigência que é envergar o manto sagrado.»
Aposta implica que jovens fiquem pelo menos 4 anos na equipa principal
«A formação do Benfica não serve para repor falhas de tesouraria, pelo contrário, serve para garantir competitividade, hegemonia e impacto nas competições europeias. Se fizermos um onze com os jogadores que saíram do clube nos últimos anos, podemos ter a certeza de que seríamos sérios candidatos a conquistar a Liga dos Campeões. Queremos manter os nossos craques, e com eles celebrar as conquistas que fazem parte do ADN de um Benfica Europeu», concluiu.
A formação do Benfica não serve para repor falhas de tesouraria, pelo contrário, serve para garantir competitividade, hegemonia e impacto nas competições europeias