Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo - Foto: IMAGO

Cristiano Ronaldo: «Amorim não vai fazer milagres no Manchester United»

Internacional português reconhece o trabalho do técnico nos 'red devils', mas critica a estrutura do clube

Cristiano Ronaldo deixou o Manchester United em dezembro de 2022, após segunda passagem pelo clube, mas continua a acompanhar de perto a atualidade dos red devils.

Entrevistado por Piers Morgan, o agora avançado do Al Nassr voltou a criticar o emblema onde se destacou no futebol inglês e falou sobre Ruben Amorim, treinador do United.

«Para mim, fico triste pelo clube, porque é um dos clubes mais importantes do mundo e um clube que ainda tenho no coração por razões óbvias», começou por dizer.

«É preciso seguir as pessoas inteligentes, as pessoas espertas, para criar uma base para o futuro, como o Manchester United fez há tantos anos. O Nicky Butt, o Gary [Neville], o Roy Keane, o Beckham, tornaram-se grandes jogadores, mas tinham uma base na formação. Neste momento, o Manchester United não tem uma estrutura», prosseguiu, antes de acrescentar: «Espero que isso mude no futuro, presente/futuro, porque o potencial do clube é incrível. É um dos clubes mais importantes do século.»

Ronaldo reconhece o trabalho de Amorim, mas diz que o antigo técnico do Sporting não pode fazer milagres.

«Ele está a fazer o seu melhor, que mais pode fazer? Não pode fazer milagres. Em Portugal dizemos: ‘Milagres, só em Fátima’... E ele não vai fazer milagres. Têm bons jogadores, mas alguns deles não têm na cabeça o que é o Manchester United», defendeu.

«Não vão ganhar a Premier League. Já estão a demasiados pontos do Arsenal», disse depois.

O internacional português confessa que o magoa ver o estado do Manchester United atual: «Claro que me magoa, porque joguei lá durante tantos anos. Ganhei a UEFA Champions League, a Bola de Ouro, ganhei uns 12, 13, 14 títulos lá. Por isso, como digo e repito, o Manchester United continua no meu coração. Adoro aquele clube. Mas temos de ser todos honestos, olhar para nós próprios e dizer que não estamos no caminho certo. Eles têm de mudar, e na minha opinião não se trata apenas do treinador e dos jogadores.»