Varga marcou dois golos a Portugal. FOTO IMAGO
Varga marcou dois golos a Portugal. FOTO IMAGO

Correr, lutar e confiar nos talentos. Ia dando... (as notas da Hungria)

Guarda-redes seguríssimo, cérebro ativo (Szoboszlai) e ponta de lança venenoso quase conseguiam o milagre de não perder quase sem atacar.
A figura
Ser ponta de lança de uma equipa que não ataca é quase tão ingrato como ser guarda-redes da outra equipa, sendo que se revela igualmente mais cansativo. Vargas, porém, trabalhou muito entre os centrais portugueses — perdão, o central — e ainda ia saindo herói de uma façanha, caso a equipa tivesse logrado segurar o empate que foi fruto dos seus dois cabeceamentos letais.

Não há uma grande ciência no jogo húngaro, pelo menos frente a adversários de maior nomeada: é encostar atrás, correr muito, defender bem e lançar contra-ataques venenosos sempre que possível.

E para isso a Hungria conta, essencialmente, com a superioridade técnica de Szoboszlai, verdadeiro maestro de toda a dinâmica (mesmo a defensiva) e a capacidade finalizadora de Varga, sendo que é preciso saber tirar o chapéu ao incessante trabalho defensivo de um meio-campo no qual Styles raramente pára.

Nagy foi acutilante pela esquerda e muitas vezes tentou encostar-se a Varga, tendo cruzado habilmente para o primeiro golo húngaro, algo que aliás Négo, meio central meio lateral, também logrou no segundo tento do ameaçador ponta-de-lança.

Normalmente começa-se atrás, mas Tóth merece chamada final e um parágrafo só para ele. Seguríssimo, teve três defesas de dificuldade extrema e, sem algo que pudesse ter feito nos golos sofridos, ainda ia atrapalhando Ronaldo no penálti.