Confusão no Santa Clara-Sporting: APCVD instaura processo
O jogo entre Santa Clara e Sporting, nos Açores, foi recheado de polémica e incidências e a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo de contraordenação para apuramento dos factos.
Na origem da tensão esteve o lance polémico que originou o 2-1 da equipa de Rui Borges, nascido de um canto mal assinalado, já que foi Quenda a tocar a bola pela linha de fundo. Os ânimos no relvado ficaram muito exaltados e Frederico Varandas, presidente do Sporting, foi insultado por adeptos da equipa da casa, que arremessaram uma garrafa de água na direção do máximo dirigente dos verdes e brancos. A garrafa não acertou em Varandas, que, tal como algumas pessoas em seu redor, acabou por ser apenas atingido pela água.
Já no relvado, houve relatos de uma tentativa de agressão por parte de Henrique Silva, jogador do Santa Clara, a Pedro Gonçalves. O médio brasileiro correu na direção do internacional português de punho cerrado, mas acabou por não o atingir, com várias pessoas junto da situação a conseguirem acalmar os ânimos.
Face a estes relatos, a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) decidiu instaurar um processo para apuramento dos factos.
«Face às notícias difundidas em diversos órgãos de comunicação social, relativas a um arremesso de objeto — ilícito passível de constituir uma contraordenação — ocorrido na tribuna e dirigido a um dirigente, durante o jogo entre o Santa Clara e o Sporting, realizado no Estádio de São Miguel, a contar para a 11.ª jornada da 1.ª Liga, competição organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo de contraordenação para apuramento dos factos», pode ler-se, em comunicado.
«Nas mesmas notícias, e relativamente ao mesmo jogo, é também referida uma tentativa de agressão por parte de um jogador. Atendendo a que a ocorrência de tal episódio poderá constituir um ilícito criminal, a APCVD remeterá o reporte desta situação ao Ministério Público, bem como toda a informação que se afigure útil à prossecução da justiça, tendo em conta a competência das autoridades judiciárias para a investigação de matéria criminal», conclui-se.
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