Compras de inverno do Sporting com gastos bem controlados

O mote foi dado na semana passada por Frederico Varandas durante o Portugal Football Summit. «Fechámos o verão e fiquei contente, porque é factual que temos o plantel mais valioso e é a minha opinião que temos o plantel mais competitivo e com mais soluções da Liga. O treinador está contente, nós também, não faz sentido falar no mercado de inverno, mas não é a primeira vez que atuamos em janeiro a precaver algo do futuro, em antecipação», disse no ciclo de conferências promovidas pela Federação Portuguesa de Futebol.

Além disso, o líder leonino mostrou-se convicto de que é perfeitamente possível ao clube de Alvalade chegar ao tricampeonato. «À data de hoje, 8.ª jornada, ocupamos apenas, o que é um bom sinal para o Sporting, o 2.º lugar e exclusivamente por culpa nossa... O treinador sabe, os jogadores sabem, sabem também e acreditam que são o melhor grupo da Liga e também sabem que têm de o demonstrar em campo. Eu acredito muito nos nossos jogadores e no treinador, por isso estaria a mentir-lhe se não acreditasse muito que seremos tricampeões», juntou.

De facto, segundo A BOLA apurou, é plausível que os leões ataquem o mercado de inverno para dotar de mais armas Rui Borges, mas sem fazer qualquer bazucada em termos de investimento. Ou seja, tudo será muito ponderado e com enorme critério, precavendo o imediato mas também perspetivando o futuro e sem gastar muito, pois os recursos não são ilimitados e no mercado de verão o leão gastou quase €80M.

De facto, tal como A BOLA já anunciou, Rui Borges gostaria de em janeiro — depois de falhada no verão a inscrição de Jota Silva — ter um clone da tipologia de Pedro Gonçalves, ou seja, um destro a jogar pela esquerda com capacidade de atacar zonas interiores e de associação com o ponta de lança, especialmente Luis Suárez, pois dos três disponíveis (há ainda Ioannidis e Rodrigo Ribeiro) é o mais forte em termos de baixar para zonas de construção no ataque, com muitas virtudes no passe curto e nos movimentos de rotura em espaço reduzido.

Além do extremo, pelos dados compilados pelo nosso jornal, o treinador mirandelense gostaria, também, de poder contar com mais um médio de alta intensidade, à imagem e semelhança do que era Hidemasa Morita antes de ser assolado por alguns problemas musculares que lhe retiraram alguma rotação.

A estrutura pondera suprir estas lacunas identificadas por Borges, mas no plantel é preciso notar que estão o extremo Alisson Santos, 23 anos, e o médio João Simões, de apenas 19, e tanto um como outro podem maturar o suficiente até janeiro que não seja preciso ir às compras pouco depois do Natal.

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