Candidato à MAG do Benfica dispara: «Conservar Rui Costa seria uma tragédia»

As candidaturas de Rui Costa e de João Noronha Lopes têm já as baterias viradas para a segunda volta das eleições para os órgãos sociais do Benfica, marcada para dia 8, e, esta terça-feira, Gonçalo Almeida Ribeiro deixou um apelo aos sócios das águias, considerando que «seria uma tragédia» que o sufrágio determinasse a continuidade do atual presidente na liderança do clube.

«Seria uma tragédia se uma maioria dos sócios do Benfica decidisse conservar Rui Costa, não por ter dado provas de competência naquilo que se exige a um presidente, mas por comiseração. A caridade é uma virtude extraordinária, mas o Benfica não existe para a redenção dos pecados do filho na cruz do fracasso desportivo e do descalabro financeiro. Existe para dar alegrias a um povo sofredor. Tem para isso, pela sua dimensão social e potencial financeiro, condições únicas, que são a inveja dos seus adversários. Oxalá a razão prevaleça sobre a emoção no próximo dia 8», assinalou o candidato à Mesa da Assembleia Geral da lista de Noronha Lopes, em publicação nas redes sociais.

E prossegue, utilizando o caso do Real Madrid como exemplo. «Os grandes presidentes de grandes clubes são invariavelmente profissionais e gestores de grande capacidade. É natural que assim seja, pois as qualidades essenciais de um presidente, responsável por extrair o melhor dos recursos e das pessoas a seu cargo, são a liderança e a organização. O paradigma é Florentino Pérez — um homem com muitos defeitos, alguns eticamente intoleráveis, mas que elevou o seu clube para um patamar de excelência profissional sem precedentes», aponta Almeida Ribeiro.

«Ter sido um grande jogador e ser um símbolo do clube são qualidades irrelevantes para o efeito. Nenhum madridista no seu perfeito juízo deseja substituir Florentino por Raúl ou Guti. Estes têm o seu lugar no clube, um lugar notável, por vezes na própria estrutura, mas que não é o da presidência», remata, numa alfinetada a Rui Costa.

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