Candidato à MAG de Noronha Lopes: «Rui Costa perdeu votantes»
O candidato da Lista F a presidente da MAG do Benfica, Gonçalo Almeida Ribeiro, analisou a primeira volta das eleições presidenciais do clube, defendendo que o resultado de Rui Costa (42,13%, em relação aos 30,26% de Noronha Lopes), «não é bom».
«42% para o incumbente na primeira volta de umas eleições não é um bom resultado», disse numa mensagem no Facebook: «Uma rejeição de 58% é um valor muito alto — agravado pelo facto de, numas eleições históricas, em que participaram mais do dobro dos sócios que votaram nas eleições de 2021, Rui Costa ter perdido votantes.»
«O resultado da Lista F também não foi bom», admite, mas afirmando também: «Por outro lado, é falso que os 30% de João Noronha Lopes evidenciem que 70% do eleitorado (ou melhor, o eleitorado que teve 70% dos votos) o rejeitou; não era ele que estava a ser julgado, nem era ele a única alternativa à incapacidade, pusilanimidade, rapacidade e promiscuidade reinantes.»
«Havia cinco candidatos a disputarem o incumbente. A grande questão da segunda volta é a de saber se vamos conseguir, com humildade e integridade, agregar e representar uma maioria insatisfeita», continua.
João Diogo Manteigas, o quatro classificado destas eleições, atrás da lista de Luís Filipe Vieira, já anunciou que vai votar em Noronha Lopes nesta segunda volta, dando sentido ao apelo do ex-vice-presidente do Tribunal Constitucional: «É tempo de se porem de lado as diferenças de estilo, os interesses circunstanciais e as divergências secundárias, procurando-se o máximo denominador comum: pôr fim a esta mediocridade deprimente e destrutiva. Dia 8 de Novembro temos uma derradeira oportunidade de mudança.»
A mensagem completa de Gonçalo Almeida Ribeiro:
A lógica de uma eleição presidencial a duas voltas, que os novos estatutos do Benfica preveem, é a de exigir, no mínimo, o apoio de metade dos votos mais um para se assumir o cargo. Ora, 42% para o incumbente na primeira volta de umas eleições não é um bom resultado. O resultado da Lista F também não foi bom, sobretudo por comparação com as expectativas geradas — embora eu não tenha tido ilusão alguma quanto a uma hipotética vitória à primeira volta, nem uma confiança excessiva em que seríamos as listas mais votadas. Só que umas eleições em que o incumbente se candidata são sempre, em primeira linha, um julgamento do mandato. Uma rejeição de 58% é um valor muito alto — agravado pelo facto de, numas eleições históricas, em que participaram mais do dobro dos sócios que votaram nas eleições de 2021, Rui Costa ter perdido votantes. Por outro lado, é falso que os 30% de João Noronha Lopes evidenciem que 70% do eleitorado (ou melhor, o eleitorado que teve 70% dos votos) o rejeitou; não era ele que estava a ser julgado, nem era ele a única alternativa à incapacidade, pusilanimidade, rapacidade e promiscuidade reinantes. Havia cinco candidatos a disputarem o incumbente. A grande questão da segunda volta é a de saber se vamos conseguir, com humildade e integridade, agregar e representar uma maioria insatisfeita. Cabe-nos protagonizar o sentimento de muitos de que é preciso mudar — devolver ao Clube a identidade perdida e a capacidade de vencer. Não é tarefa fácil, porque os desejos de mudança não se harmonizam naturalmente, mas está longe de ser impossível. Não se desiste do Benfica à primeira. É tempo de se porem de lado as diferenças de estilo, os interesses circunstanciais e as divergências secundárias, procurando-se o máximo denominador comum: pôr fim a esta mediocridade deprimente e destrutiva. Dia 8 de Novembro temos uma derradeira oportunidade de mudança.
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