A festa das águias no pódio em Quarteira

Benfica dobra a… dobradinha no Nacional de clubes

Águias dominaram a competição na Piscina de Quarteira e chegaram ao tetra nos masculinos, igualando um feito apenas conseguido por Algés e Sporting. Nos femininos a conquista foi mais apertada, mas conseguiram recuperar o título perdido para o Sporting. Rita Frischknecht concretiza feito único em 46 edições do campeonato

«Os nadadores do Benfica excederam-se, tiveram comportamento irrepreensível e fomos uns justos vencedores, apesar do FC Porto, no setor masculino, e do Sporting, no feminino terem dado bastante luta e possuírem equipas muito fortes», declarou Miguel Frischknecht após as águias terem alcançado a dobradinha no 46.º Nacional de clubes, que decorreu na Piscina de Quarteira.

Tal como há dois anos, os da Luz conseguiram arrebatar o título tanto nos masculinos, sagrando-se tetracampeão, como nos femininos. Aqui recuperando o ceptro perdido para o Sporting.

Se em 2023/24 foi a primeira ocasião em que o Benfica alcançou tal proeza – já feito por FC Porto, Algés (1994/94) e Sporting (2021/22), agora junta-se aos dragões (1990/91, 1991/92) como o único emblema a… dobrar a dobradinha desde que a competição foi dividida por sexos em 1986/87. A diferença é que os azuis e brancos conseguiram-no em temporadas consecutivas.

E, apesar de já terem terminado o primeiro dia à frente em ambos os sexos, a maior dificuldade residiu no sector feminino, no qual os 286 pontos apenas deram vantagem de 11 face ao Sporting (275), com o FC Porto (250) a segurar o último degrau do pódio face ao Algés (242) e SC Braga (208). Gesloures (105), Estarreja (87) e Vilacondense (30) descem à II Divisão como últimos entre as 16 equipas. 

«Este ano o Sporting era o favorito para ganhar e, nós, dentro do que nos foi possível, conseguimos formar uma equipa para dar luta e vencer. Estas duas vitórias têm muito valor, pois é sempre muito difícil ganhar nos dois géneros. Nos últimos três anos vencemos duas vezes e, por isso, estamos muito orgulhosos dos nossos nadadores que tiveram um comportamento fabuloso», referiu ainda Frischknecht que para assegurar o triunfo feminino contou com três francesas e uma luxemburguesa. Opção tomada por muitas outras equipas e que tem vindo a crescer.

Nas campeãs, uma particularidade. Rita Frischknecht tornou-se na primeira a arrebatar o título por três clubes diferentes, depois de já ter ganho no Algés (3) e Sporting (2).

No sector masculino, o Benfica (295) superou o FC Porto por 22 pontos (273), acompanhados no pódio pelo Algés (239), e seguidos por Sporting (195), Louletano (190) e V. Guimarães. Descem três históricos: Vilacondense (85), Académico Coimbra (68) e SFUAP (64).

No historial do Nacional apenas Algés, duas vezes (1994/95-1997/98 e 1999/00-2002/03), e Sporting (2011/12-2018/19) haviam conseguido chegar ao tetra nos homens.