As marcadoras dos dois golos na mesma imagem: Diana Gomes fez autogolo e Alessia Russo confirmou o triunfo inglês. Foto: IMAGO
As marcadoras dos dois golos na mesma imagem: Diana Gomes fez autogolo e Alessia Russo confirmou o triunfo inglês. Foto: IMAGO - Foto: IMAGO

Benfica deu réplica, mas campeãs europeias impuseram-se na Luz

Águias realizaram boa primeira parte frente ao Arsenal, mas uma 'carambola' (com autogolo) e um livre 'de laboratório' sentenciaram a derrota na segunda parte

Segundo teste de fogo para o Benfica na Champions, e… segundo desaire: depois de defrontarem a Juventus, campeã italiana (1-2), as encarnadas receberam na Luz o Arsenal, detentor do título europeu, e apesar de ter apresentado réplica, a lei do mais forte prevaleceu – 2-0 para as inglesas.

Depois de uma primeira parte taticamente irrepreensível por parte do Benfica, que, com uma apreciável disponibilidade, ia afastando as londrinas de ações de finalização, a segunda parte foi menos feliz para as comandadas de Ivan Baptista e uma carambola desequilibrou o resultado, com um autogolo de Diana Gomes aos 57’ e, já perto do final, um lance de laboratório permitiu a Russo apontar o 2-0 e deitou tudo a perder para as águias.

O Arsenal fez por merecer o triunfo com uma segunda parte mais afirmativa – e, acima de tudo, eficaz – e o Benfica deixa a Luz com zero pontos, é certo, mas ao intervalo deixava uma imagem muito positiva do seu conhecimento do jogo e da coesão dos seus elementos. No primeiro tempo, as ações ofensivas das britânicas resumiam-se a remates de Beth Meade (sem perigo, aos 19’) e um cabeceamento de Wubben-Moy, perto do poste, aos 29’.

O Benfica soube organizar-se, esperar e quase foi premiado perto do intervalo, com um cabeceamento de Diana Gomes que obrigou Daphne van Dorselaar à defesa da noite aos 41’. O conjunto da Luz saía para intervalo com a moral em alta… mas depois não a conseguiu confirmar.

Precavido com o bom final de primeira parte do Benfica, o Arsenal tomou as rédeas e… não mais as perdeu, contando ainda com muita felicidade para se adiantar no marcador, aos 57 minutos, através de uma disputa entre Beatriz Cameirão e Beth Meade que embateu no pé de Diana Gomes, que se movimentava para tentar defender as suas redes e acabou por, inadvertidamente, introduzir a bola na própria baliza.

Um rude golpe para as pentacampeãs portuguesas que procuraram mexer com o jogo, recorrendo a substituições de cariz ofensivo, mas estas esbarraram num adversário experiente que não deixou acreditar e, já perto do final, ainda foi ao laboratório preparar a estocada final.

Aos 89’, o Arsenal dispôs de um livre lateral e Chloe Kelly surpreendeu a defesa benfiquista, colocando rasteiro a partir de uma zona na qual tantas vezes se prefere um cruzamento por alto. Russo, terceira melhor jogadora do planeta no presente ano, apareceu bem a desviar e sentenciou a partida, apesar dos esforços (infrutíferos) do Benfica em ainda discutir o resultado.

As águias mantém-se, por isso, em branco na fase de Liga da Champions feminina e procurarão mudar esse destino a 12 de novembro, novamente na Luz, onde receberão as neerlandeses do Twente.