Bem-vindos ao reino dos sonhos! Crystal Palace vence Taça de Inglaterra
À terceira foi de vez! O Crystal Palace teve o coração necessário para aguentar a pressão do Manchester City e a matreirice suficiente para assustar a turma de Guardiola cada vez que saiam para o ataque. Eze (16') marcou golo decisivo, mas o que dizer da exibição de Dean Henderson? O guardião inglês defendeu este mundo e o outro para selar a conquista da Taça de Inglaterra com uma vitória por 1-0.
O onze escalado por Pep Guardiola refletia a ambição de colocar em prática um modelo ofensivo, com o domínio da posse de bola, mas não contava que o Crystal Palace tivesse um muro na baliza. A primeira defesa de Dean Henderson, a remate acrobático de Haaland, aos 8', deu início a uma exibição fenomenal.
O guardião inglês foi o responsável pelo Crystal Palace chegar aos 15' com a baliza inviolada, e aos 16' em vantagem no marcador. Na primeira saída dos comandados de Glasner da própria área, Munoz cavalgou pela direita e cruzou atrasado para Eze, de primeira, inaugurar o marcador.
CRYSTAL PALACE STRIKE FIRST IN THE FINAL 😲
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Who else but @EbereEze10!? 🤩#EmiratesFACup pic.twitter.com/CQGR9cUFPl
Os londrinos repetiram o atrevimento no minuto seguinte, mas, desta vez, Ortega travou a tentativa de Sarr, após novo cruzamento de Munoz. Em desvantagem no marcador, o Manchester City intensificou o domínio da posse de bola, mas foi incapaz de criar de forma continuada ocasiões de perigo.
A melhor oportunidade para restabelecer o empate chegou da marca dos 11 metros. Mitchell travou Bernardo Silva com um carrinho junto à linha de fundo e Stuart Attwell assinalou penálti. Na marcação, Marmoush não conseguiu enganar Henderson que defendeu de forma fabulosa (36').
DEAN HENDERSON.
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The @CPFC shot-stopper with an incredible save to deny Omar Marmoush from the spot 🤯#EmiratesFACup pic.twitter.com/Mxf5URv9K6
Jeremy Doku benficiou de fragilidades do corredor direito do Palace para ser o mais inconformado e inspirado no lado dos sky blue. Ainda assim, nem o belga conseguiu ultrapassar Dean Henderson, que voltou a esticar-se aos 41'.
É no sofrimento que está o ganho
Na segunda parte, o disco do domínio virou mas tocou a mesma música: o Manchester City colocava todos os dez jogadores de campo nos últimos 30 metros do Palace, mas continuava sem chegar ao fundo da baliza de Henderson.
Na outra baliza, Daniel Munoz, a dois tempos, ainda espoletou a segunda festa do dia para os adeptos do Crystal Palace, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo de Sarr, que tocou na bola no primeiro remate.
Apesar de manter os quase 80% de posse de bola, o Manchester City deixou que os nervos afetassem a construção ofensiva e acumulou remates inconsequentes. Echeverri, avançado de 19 anos a fazer a estreia pelos citizens, teve nos pés o golo do empate, mas perdeu o duelo contra Henderson, indubitavelmente o homem do jogo.
Depois de ter perdido na final frente ao Manchester United, em 1989/90 e em 2015/16, à terceira foi de vez para o Crystal Palace, que conquistou a Taça de Inglaterra de forma inédita e garantiu a qualificação para as competições europeias. Em sentido contrário, o Manchester City termina a época apenas com a Supertaça no bolso.
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