Atenção, Portugal: médio da Irlanda assume confiança na vitória
A Irlanda pode ser vista como a equipa menos favorita no confronto de qualificação para o Mundial contra Portugal, mas Josh Cullen recusa-se a aceitar esse rótulo antes do crucial encontro no Estádio Aviva.
57 lugares separam Portugal, quinto no ranking da FIFA, da Irlanda, que ocupa a 62.ª posição. No entanto, no mês passado, em Alvalade, apenas um golo de cabeça na compensação, de Rúben Neves, depois de Cristiano Ronaldo ter desperdiçado um penálti, garantiu a vitória à equipa da casa.
«Penso que podemos retirar muita coragem e muitos aspetos positivos da nossa exibição, no que toca a conter uma equipa de classe mundial até ao fim», afirmou Josh Cullen, médio do Burnley, lembrando esse Portugal-Irlanda de outubro.
«Sabemos que a mentalidade tem de ser a de que precisamos de fazer melhor. Temos de manter essa disciplina para travá-los, mas também mostrar algo mais no ataque, tentando avançar e marcar o golo de que vamos precisar para ter uma hipótese de vencer o jogo», acrescentou.
«Haverá certamente confiança retirada desse jogo. Reunimo-nos como equipa, tivemos uma reunião, e a mensagem é clara: acreditamos que podemos obter um resultado. Teremos de estar ao nosso melhor nível, preparar-nos muito bem, mas acreditamos que conseguimos, e é essa a nossa mentalidade neste momento.»
Portugal lidera o Grupo A com cinco pontos de avanço, mas ainda não tem a qualificação para o Mundial matematicamente assegurada — para o fazer na quinta-feira, precisa de vencer em Dublin ou empatar e esperar que a Hungria não ganhe à Arménia.
Já a Irlanda ainda luta pelo segundo lugar no grupo F, atualmente ocupado pela Hungria, o que lhe daria acesso ao play-off — mas a possibilidade de resolver esse acesso no duelo direto com os magiares, no último jogo, desaparece se perder com Portugal e a Hungria vencer.
«Uma exibição ao mais alto nível do que somos capazes de produzir», respondeu Cullen, quando questionado sobre como alcançar o resultado desejado. «Sabemos o calibre da equipa e dos jogadores que vamos defrontar, mas aprendemos há um mês que conseguimos anulá-los. Temos de ser mais corajosos com bola, e temos bons jogadores de posse que podem causar-lhes problemas.»
E apesar de a Irlanda ter sido quase inofensiva em Alvalade, no jogo de outubro, há coisas para explorar, defende Cullen: «Quando se joga contra as melhores equipas do mundo, por vezes o foco principal delas não é o aspeto defensivo do jogo. Por isso, quando temos a oportunidade de ter a bola, sinto que há áreas que podemos explorar. Foi algo que retirei do jogo, estando em campo, que há zonas onde podemos explorar esta equipa quando temos a bola. Independentemente de quem enfrentamos, temos de acreditar que podemos vencer.»