A análise de Pedro Henriques à arbitragem do Nacional-Sporting
1. Contacto fora da área, entre Léo Santos e Luis Suárez, o jogador do Nacional abre o seu braço direito tocando desta forma no avançado leonino que por sua vez com o braço esquerdo lhe acerta no rosto. Nestas situações de contactos ou até mesmo de faltas mútuas, os árbitros deixam seguir o jogo. Boa decisão. Contudo, caso o árbitro considerasse que o jogador do Nacional tinha feito falta, seria livre direto e apenas cartão amarelo (corte de ataque prometedor), não seria vermelho por anular uma clara oportunidade de golo, pois o avançado leonino não tinha a bola dominada e esta ia e estava afastada, ou seja dificilmente chegaria ao esférico antes do guarda-redes que agarrou de imediato.
10. Remate de Pedro Gonçalves, a bola vai embater na trave e no seu momento descendente toca no solo claramente fora, ou seja, não passou para lá da linha de baliza.
26. Cartão amarelo mal mostrado a Pablo Ruan, o lance ocorre junto à linha de baliza da equipa leonina, o árbitro está longe e julga que o jogador do Nacional teria pisado Gonçalo Inácio, mas apenas houve um choque com o joelho esquerdo no joelho também esquerdo do central leonino. A decisão correta era o de assinalar livre direto apenas, sem mostragem de qualquer cartão (lei 12 faltas e incorreções, página 109, infração imprudente é aquela onde o jogador mostra falta de atenção e atua sem precaução, para com o adversário, onde não há qualquer sanção disciplinar)
29. Não há qualquer infração cometida por Geny Catamo sobre Paulinho na área leonina, de resto é o jogador do Nacional que em movimento ofensivo acaba por ir contra o jogador leonino.
31. O amarelo a Pedro Gonçalves é mostrado por protestos do jogador leonino para com o árbitro. O juiz da partida começou por mostrar o cartão amarelo a Pote com este ainda de costas, esteticamente não fica bem, deveria esperar que o jogador leonino estivesse de frente e só depois exibir o cartão.
37. O amarelo mostrado a Pablo Ruan é correto, pois o jogador do Nacional é completamente negligente na abordagem que faz ao lance e ao esticar a sua perna direita acerta com o peito do pé na barriga de Kochorashvili. Lance à entrada da área, onde quer pelo local da infração quer pelo pontapé negligente, a advertência justifica-se claramente. Como já tinha amarelo acaba por ser expulso por acumulação.
53. No golo do empate dos leões, a recuperação de bola da equipa leonina é legal e sem qualquer infração, na ocasião Trincão com toda a parte lateral do corpo e sobretudo com o ombro direito entra em contacto, ou seja, faz carga legal e correta, no ombro e parte lateral esquerda do ombro e corpo de José Gomes. VAR fez revisão do lance e validou o golo. Decisão correta.
61. Na área do Nacional pediu-se penálti sobre Kochorashvili, mas com a repetição por trás da baliza e da câmara de topo vê-se que Zé Vítor com o seu pé esquerdo tocou claramente na bola e só depois houve contacto com a perna direita do seu adversário. Boa decisão do árbitro em não assinalar pontapé de penálti.
66. Golo bem anulado ao Sporting, no momento do remate/passe de Pedro Gonçalves o seu colega Georgios Vagiannidis estava em fora de jogo, a dúvida surgiu porque não se sabia se pelo meio Luis Suárez tinha ou não tocado na bola, pois a partir daí seria esse o momento que contava para nova análise da posição de Vagiannidis, contudo, com as repetições que deram fica a ideia clara que mesmo que tenha tocado, o lateral grego nesse momento ainda estava em posição ilegal.
83. No terceiro golo dos leões tudo correto, sem qualquer infração ao nível do fora de jogo, quer de Pedro Gonçalves no corredor esquerdo quer Conrad Harder (132 cm em jogo) já no interior da área, ambos estão em posição legal.
90+3. No quarto golo dos leões, marcado por Pedro Gonçalves, faltaram imagens melhores para aferir da total legalidade ao nível do fora de jogo, fica a ideia que Conrad Harder em eventual fora de jogo posicional cruzou-se pela frente da trajetória da bola, quando Pote rematou e isso poderia ter tido impacto em relação ao guarda redes insular Lucas França, fica essa dúvida, e como tal, dou benefício ao árbitro e sobretudo ao VAR, que com todas as câmaras e imagens possíveis, que nós não tivemos na transmissão, acabou por validar o golo. Sem outras imagens não me pareceu ter havido qualquer irregularidade.
Nota do árbitro: 5