José Pedro Pinto: «Decidir uma eliminatória por três centímetros não se faz»
José Pedro Pinto não escondeu a desilusão após a eliminação do Gil Vicente da Taça de Portugal aos pés do Sporting (0-1) de forma absolutamente dramática. Na zona de entrevistas rápidas, o treinador interino defendeu que a sua equipa fez tudo o que podia para obter um resultado diferente e lamentou o golo anulado à justa por fora de jogo a Rúben Fernandes nos últimos minutos.
-O Gil Vicente ficou pelo caminho. Porquê? Por três centímetros não prolongou o sonho de estar na meia-final...
- Fizemos uma primeira parte de grandíssimo nivel. Conseguimos criar umas quatro ocasiões claras de golo. Ao intervalo perguntei aos meus jogadores que mais era necessário para fazer golos, o próprio 1-0 parecia insuficiente. Na segunda parte, o Harder acaba por sair e entra um jogador que dá confiança à equipa. O Sporting teve mais bola, jogou mais no nosso meio-campo. Sofremos um golo extremamente infeliz, um ressalto de bola. O Zé Carlos fez duas faltas, recebeu dois amarelos, a partir daí as coisas ficaram mais difíceis para nós. Os meus jogadores foram herói e acreditaram que podiam chegar ao golo e com menos um jogador fizemos. Merecíamos pelo menos o prolongamento porque decidir uma eliminatória por três centímetros não se faz, atendendo ao que efetivamente ambas as equipas produziram dentro do campo.
-O que tira deste jogo?
-Pela forma como a equipa se exibiu hoje temos de ter confiança em relação ao futuro. Os jogadores fizeram uma semana de trabalho muito focados e transportaram isso para dentro do campo. Contra uma grande equipa como o Sporting foi visível que esta equipa tem qualidade. O futuro deve ser encarado com otimismo, segurança e confiança, de forma serena que possa dar confiança aos jogadores.
-Este foi o seu segundo jogo pela equipa principal do Gil Vicente. Continuará?
-Estou extremamente tranquilo. Sou alguém que está aqui para servir o clube onde ele entender que precisa de mim. Sei que vou continuar a treinar, seja mais em cima ou mais em baixo, vou procurar prestar um serviço de qualidade ao clube tal como tem acontecido até aqui.
-Como foi reencontrar Rui Borges, vinte anos depois?
-Tenho muito carinho por ele. É uma pessoa extraordinária. Desejo-lhe muito sucesso, porque ele merece. É muito humilde, tem confiança, tem feito um trabalho de qualidade, sempre a subir em cada clube e é uma satisfação vê-lo a crescer dessa maneira. Foi um momento especial voltar a encontrá-lo.