FC Porto: genialidade de Rodrigo Mora pode ir dos pés... às costas
Tipicamente destinado aos craques, o número 10 prepara-se para mudar de dono no FC Porto.
A saída anunciada de Fábio Vieira deixará liberto tão mítico dorsal e, aconteça o que acontecer durante este mercado de transferências - isto é, chegue ainda quem chegar ao plantel dos dragões -, é certo que o maestro (no capítulo dos dígitos) passará a ser outro.
E é esta a janela de oportunidade que está absolutamente escancarada para Rodrigo Mora. O jovem prodígio portista, de apenas 18 anos de idade, é tido como o sucessor lógico para envergar uma camisola que tanto significado tem e que, por norma, está destinada aos grandes craques. Como é, indubitavelmente, Rodrigo Mora.
O criativo, que na temporada passada explodiu na elite azul e branca (35 jogos, 11 golos e quatro assistências), tem utilizado o número 86, que, de resto, já trazia da equipa B, onde se tinha estreado na época 2022/2023, mas prepara-se agora para ser ainda mais reconhecido.
É certo que os números das camisolas não marcam golos, não fazem assistências nem são sinónimos de vitórias do coletivo, mas também não é menos verdade que, especialmente nos grandes clubes europeus, como é o caso do FC Porto, há sempre uma atenção especial com a camisola 10 na altura de serem atribuídos os números no início de cada ano.
Rodrigo Mora pode, pois, guardar religiosamente a 86 que tanto lhe tem dito ao longo do seu percurso no emblema da Invicta e pode preparar um novo cabide para a mítica 10. Será, no fundo, como que a junção de dois dos melhores mundos: Mora passa a ter esse destaque também no referido ponto e a SAD presidida por André Villas-Boas demonstra mais uma atitude de carinho e reconhecimento para com o jogador.
De acordo com os dados apurados por A BOLA, este assunto já foi, de resto, tema de conversa no seio da estrutura profissional do clube azul e branco e, caso o desfecho seja mesmo o que se prevê, será anunciado muito em breve.
Novo contrato e... Farioli
Foi há pouco mais de um mês, mais precisamente no passado dia 7 de junho, que o FC Porto tornou oficial uma informação extremamente relevante para toda a nação portista: a renovação de contrato com Rodrigo Mora.
Nessa altura, o criativo assinou um vínculo até 2030 - com o respetivo aumento salarial - sendo que a importância do jogador levou ainda a que a cláusula de rescisão fosse imponente: €70 M.
Depois de dar os primeiros pontapés na bola na Dragon Force de Custóias, Mora chegou aos dragões na época 2016/2017 e a partir daí começou a trilhar um percurso que conta já com várias páginas douradas, a título individual e coletivo, sendo, ao dia de hoje, um dos grandes ídolos da plateia azul e branca.
Caso nenhuma bomba de mercado leve Rodrigo Mora do FC Porto, então o génio luso promete ser um dos rostos da nova dinâmica que Francesco Farioli implementará. O técnico italiano privilegia a posse e o futebol ofensivo, pelo que a pergunta tem resposta fácil: quem melhor do que Rodrigo Mora para ser a figura do novo FC Porto? E para os craques... o 10.
Fábio Vieira foi o último, mas houve outros nomes
Olhando à última década, poucos foram aqueles que conseguiram, efetivamente, fazer jus ao destaque que o número 10 confere em cada clube.
Fábio Vieira - que, mesmo estando longe do que já demonstrara no Dragão, terminou a época com números interessantes (42 jogos, cinco golos e seis assistências) - foi o dono da referida camisola na temporada passada, mas em anos anteriores houve outros portadores desse dorsal.
Se pensarmos na última década, estamos a falar de jogadores como Francisco Conceição (extremo português), Shoya Nakajima (médio-ofensivo japonês), Óliver Torres (médio-ofensivo espanhol), André Silva (ponta de lança português) ou Daniel Osvaldo (ponta de lança ítalo-argentino). Outros tempos...