Rodrigo Mora renova contrato até 2030
Rodrigo Mora renova contrato até 2030

Oficial: Rodrigo Mora renova até 2030 pelo FC Porto e fica com cláusula de €70 Milhões

Médio estende contrato por cinco anos e vê folha salarial também ajustada ao novo vínculo laboral

Agora é oficial. Rodrigo Mora assinou um novo contrato e comprometeu-se com o FC Porto até junho de 2030 e ficará com uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros. Com o novo vínculo laboral, a coqueluche do emblema azul e branco vê também melhorado o seu ordenado, ajustado à nova ligação ao emblema azul e branco.

A viver o melhor momento da carreira na equipa principal do FC Porto, depois de ter sido lançado por Vítor Bruno esta época, aposta que Martín Anselmi consolidou desde que chegou em janeiro ao Dragão, Rodrigo Mora atingiu na passada segunda-feira a maioridade, facto que foi aproveitado por André Villas-Boas para colocar no papel a renovação.

A divulgação na íntegra do FC Porto no site
Prodígio de 18 anos já leva oito golos na época de estreia pelo FC Porto Recorde atrás de recorde ao ritmo das palmas do Dragão. Um talento sem paralelo em Portugal no século XXI. Autor de oito golos na primeira temporada ao serviço da equipa principal - é o segundo melhor marcador do atual plantel, atrás de Samu, e o máximo goleador em 2025, a par do avançado -, Rodrigo Mora renovou o contrato que o liga ao FC Porto até 2030 e vai continuar a dar alegrias à nação azul e branca. O criativo começou a dar os primeiros toques na Dragon Force de Custóias, mas já veste à Porto desde o Verão de 2016. O crescimento no Olival começou a dar frutos em 2021/22, época em que marcou 29 golos em 34 jornadas e deu nas vistas ao serviço dos sub-15. O talento demonstrado permitiu-lhe começar a escrever uma longa lista de recordes: a 15 de janeiro de 2023, num momento em que voava nos juvenis - assinou 16 remates certeiros e 13 assistências em 33 jogos no escalão -, foi chamado à equipa B e estreou-se frente ao Tondela com apenas 15 anos, oito meses e dez dias. Foi o mais jovem de sempre a debutar em campeonatos profissionais. Perante as provas dadas em campo, o FC Porto não hesitou na hora de lhe apresentar um contrato profissional e de, no dia do 130.º aniversário do clube, o agraciar com o Dragão de Ouro de Atleta Jovem do Ano. Em 2023/24 poucos conseguiram travar o talentoso Dragão, que se tornou o mais jovem de sempre a marcar na Segunda Liga - viria a ser ultrapassado por Anhá Candé - e foi a estrela mais cintilante nas competições jovens da UEFA. Prova disso é que foi o jogador mais goleador a nível internacional, quer pelo FC Porto, quer pela seleção. Na Youth League, ainda com 16 anos, foi uma das pedras basilares no percurso até à meia-final. Em nove jogos, marcou sete golos, fez duas assistências e levou para casa o troféu de melhor marcador. No Europeu de sub-17 voltou a ser o grande destaque, conseguiu evitar toda e qualquer marcação e consagrar-se como o artilheiro da competição que Portugal disputou até à final. Naturalmente, o painel de observadores técnicos da UEFA colocou-o no onze ideal da prova. Segundo atleta mais jovem da história do clube a estrear-se nas competições europeias com 17 anos, quatro meses e 21 dias, o criativo deixou o nervosismo para trás desde o primeiro momento e colocou em campo toda a irreverência. Às boas impressões deixadas em Bodø seguiu-se a estreia contra o Arouca no Estádio do Dragão, acontecimento que fez dele o terceiro mais novo a envergar o brasão abençoado na Liga. Estabelecido também como o português mais precoce a disputar encontros oficiais pela seleção nacional de sub-21, apontou desde cedo ao alvo preferido: as redes adversárias. Com a técnica que lhe é reconhecida e aplaudida, descobriu espaço na defesa do AFS para celebrar o primeiro golo como sénior - tinha somente 17 anos, cinco meses e 23 dias. A tão desejada titularidade chegou ao sétimo mês do melhor ano da carreira. Em Moreira de Cónegos, bastaram 16 minutos para fazer a diferença com um cruzamento milimétrico para o amigo Samu e outros 50 para, numa jogada de insistência, coroar a estreia com um golo, ser elevado pelo avançado e subir também nas considerações de todos os amantes do desporto-rei. Afinal de contas, acabava de alcançar o estatuto de portista mais novo da história a marcar e a assistir na Liga. Até viver “a loucura” de se estrear a faturar no Dragão só passou uma semana. “Foi um sonho. Ouvir o estádio todo a gritar o nome dos jogadores era algo que só via na televisão, fiquei mesmo muito contente e grato”, relatou em entrevista à revista Dragões quando questionado sobre o dérbi em que, além do golo soberbo que levantou as bancadas, assinou ainda uma assistência e levou o primeiro de sete prémios de Homem do Jogo para casa. O ano mudou e Mora acelerou. Em 2025 já assinou cinco remates certeiros e tornou-se o adolescente mais goleador nos últimos 88 anos do futebol português. Até lá chegar, consagrou-se como o mais novo do século a chegar aos cinco golos no campeonato, ultrapassou Fernando Gomes rumo ao topo de atletas mais jovens da história do clube a apontar seis remates certeiros e repetiu um feito apenas conseguido pelo Eterno 9: bisar ainda com 17 anos. Foi o terceiro jogador mais precoce a marcar dois golos num jogo da Liga antes de atingir a idade adulta. Acabado de entrar na maioridade e de se tornar um ídolo da massa adepta, Rodrigo Mora prolonga por mais cinco anos o vínculo que o liga ao FC Porto e o novo contrato inclui uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros.

Os responsáveis portistas pretendiam que a mesma fosse de 80 milhões de euros, mas a família do jovem futebolista optou que a mesma não subisse dos 70 milhões de euros. Uma diferença de 10 milhões que não obstou a que todas as partes chegassem a um acordo e que Rodrigo Mora, pelo menos essa é a vontade de André Villas-Boas, seja a grande bandeira do plantel versão 2025/2026, isto se entretanto não surgir um tubarão a bater 70 milhões de euros no próximo verão...

A cerimónia de divulgação do novo vínculo decorreu ontem à tarde no Estádio do Dragão, num ato simbólico em que marcou presença o presidente André Villas-Boas, o diretor desportivo Andoni Zubizarreta, o diretor do futebol Jorge Costa, o agente do futebolista, Jorge Mendes, e o pai do atleta, José Manuel Carvalho.

Andoni Zubizarreta

«O Rodrigo começou a conquistar este contrato no terreno de jogo, pois é lá que se conquistam os contratos. Ganha-se no dia a dia, nos treinos, jogo a jogo. Tem feito bem o seu trabalho, é um grande jogador e representa os valores do FC Porto, a forma de estar do clube. Temos muita esperança no presente e no futuro. Ele já tem impacto no FC Porto e há que agradecer ao Vítor Bruno e a todos os treinadores que trabalharam com ele nos escalões de formação. Agora é um jogador de Primeira Liga, mas começou a época com o João Brandão na equipa B. Cada dia, cada treino, cada jogo e cada golo fá-lo crescer. É um caminho exigente, pois jogar ao mais alto nível é exigente, mas ele tem a mentalidade e a qualidade, além de ser um exemplo para os jovens da nossa formação. Com talento e dedicação, é possível chegar à equipa principal»

Jorge Costa

«É um dia muito especial, porque é um jogador muito especial. É um jogador da nossa formação, que tem tido um crescimento sustentado, mas fantástico. É isto mesmo que nós queremos, manter os nossos, elevar a qualidade e ter jogadores com a marca Porto. Esta renovação representa muito e é um motivo de orgulho. O Rodrigo é um jogador à Porto, que sabe o que são os valores do Porto e que cresceu nesta casa. Pode ser, e já é, um exemplo para os outros, e com o tempo terá um crescimento ainda maior»

Em atualização

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