Efeito Di María na Argentina: adeptos visitantes regressam após 12 anos de impedimento
Este sábado Lanús e Rosario Central disputam um jogo histórico do campeonato da Argentina. No Estádio La Fortaleza, pela primeira vez em mais de uma década, uma partida da elite do país sul-americano voltará a ter adeptos visitantes.
Espera-se que mais de 6500 adeptos do Rosario, para onde Di María voltou depois de deixar o Benfica, estejam presentes nas bancadas, num jogo que servirá como teste.
A proibição data da temporada 2013/2014, após um incidente fatal a 11 de junho de 2013, no qual um adepto do Lanús morreu num jogo contra o Estudiantes em La Plata. Agora, o mesmo clube que esteve no centro dessa tragédia será o anfitrião do primeiro passo para o regresso de uma tradição há muito perdida.
«Este é o início que permite aos clubes que podem e querem receber visitantes que o façam. O regresso implicará protocolos rigorosos: venda nominal de bilhetes, infraestruturas adequadas e monitorização do comportamento dos adeptos», afirmou há dois dias o presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, ao anunciar a medida.
Segundo o presidente da AFA, o regresso de Di María ao futebol argentino - assim como o de outros campeões do mundo, como Paredes, - foi a chave para tomar esta decisão que marcará um antes e um depois.
«Como organizadores do espetáculo, é uma responsabilidade muito grande. Queremos fazer o que as pessoas precisam e o facto de haver adeptos visitantes não tem de ser uma coisa anormal, tem de ser a coisa lógica a fazer. O futebol argentino está a repatriar muitos craques e a segurar muitos jogadores. Os adeptos têm de estar presentes, não tem de ser só porque o Ángel Di María está a jogar neste jogo», disse Nicolas Russo, presidente do Lanús.
O jogo em Lanús será seguido de outro teste em Córdoba, onde 20.000 adeptos do River Plate, um dos clubes mais populares do país, viajarão para assistir ao jogo contra o Instituto no Estádio Mario Kempes.
No momento, estes dois jogos são apenas experimentais e ainda está por ver o quão sustentável esta prática poderá ser.