Treinador culpado de abuso de menor aguentou dois dias no novo clube
O treinador Michael Jolley aguentou apenas dois dias como treinador do Bury, clube do oitavo escalão de Inglaterra, depois de pressão dos adeptos, descontentes com a sua nomeação. Não se trata de resultados negativos, mas sim de um processo criminal na sua vida privada.
Jolley, de 48 anos, declarou-se culpado em 2009 de ter mantido relações sexuais com uma rapariga menor, de 15 anos. Foi condenado a 12 meses de pena suspensa e inscrito no Registo de agressores sexuais do Reino Unido durante um ano.
A sua nomeação, na sexta-feira, gerou críticas nas redes sociais e os adeptos entoaram cânticos e assobios durante o jogo em casa no sábado, frente ao Mossley, em que até venceram por 2-1.
Jolley defendeu que a jovem lhe disse ter 19 anos e, recordando o caso, alegou que investigações posteriores concluíram que foi «enganado» e não agiu «de forma maliciosa», tendo sempre revelado o caso aos vários clubes por onde passou entretanto. Desde o processo judicial, Jolley já trabalhou em sete clubes, todos do futebol profissional.
Ainda assim, não aguentou a pressão dos adeptos do Bury e acabou por sair.
Num comunicado divulgado no domingo, o Bury «reconhece a força dos sentimentos expressos nos últimos dias por adeptos, funcionários, parceiros e jogadores, bem como o impacto muito real que a decisão da direção de nomear Michael teve nas pessoas ligadas ao clube».
O comunicado incluía ainda uma declaração de Jolley: «Não desejo que a minha presença impeça a direção de cumprir a sua missão de devolver o clube ao seu lugar legítimo.»