Vasco da Gama regressa à elite, SC Braga em estreia absoluta
«Está toda a gente muito tranquila. Não tenho sentido ansiedade, mas no clube existe muita expectativa e alegria. Sendo o ambiente aqui tão familiar, é algo que passa para nós. Acredito que estará muita gente no Dragão Arena», conta o treinador Nuno Freitas sobre o regresso do Vasco da Gama, campeão da Proliga, ao patamar mais alto com um dérbi ante o FC Porto (17h00).
Coletividade centenária que detém três títulos de campeão (1941/42, 1947/48, 1950/51), mas não vive as exigências da então I Divisão desde 1994/95. «O meu maior receio? Honestamente, não receio nada. Temos é muita ambição e quando assim é estamos focados nela. Queremos é competir e contra toda a gente», refere. Detém no plantel seis estrangeiros, mas «depois há uns que têm nacionalidade brasileira e tanto esses como todos os portugueses fizeram a formação no clube», vinca.
«A preocupação é competir. Se tivermos esse espírito estaremos sempre mais próximos de ganhar. Seja que jogo for. Preparamo-nos para isso. Estamos otimistas que iremos fazê-lo».
«Naturalmente o FC Porto tem armas que não possuímos, mas também acredito que teremos algumas que eles não têm. Não nos conhecem assim tão bem… pode ser uma vantagem. Admitimos que pudemos fazer uma surpresa», completa.
«Se jogarmos da forma que queremos e nos habituámos, apesar de termos caras novas e pouco tempo de trabalho, o tipo de basquete que gostamos é super rápido na transição e super intenso a defender e a atacar. Um basquete moderno», explica sobre como quer a equipa a atuar na época. «Aproveitando o mais rápido possível qualquer vantagem que possa surgir».
Uma vez que o mítico Parque das Camélias não possui condições para a Liga, terão como casa o «Centro de Congresso de Matosinhos contra os três grandes e o Municipal de Guifões. Nos quais não treinamos», diz com uma gargalhada. «Mas a filosofia é: não há desculpas para nada. Não iremos nunca jogar em casa, mas será sempre com muita a gente a ver e a puxar por nós». Finaliza.
«Entusiasmo». É a definição que Pedro Grenha utiliza para dizer como a equipa e em redor dela se vive, apesar de só se ir estrear na 2.ª jornada, na próxima semana, por o jogo com o Galitos do Barreiro ter sido adiado devido a atraso da regularização de estrangeiros. «É uma novidade e a primeira vez que o SC Braga vai competir neste patamar, mas também que muitos deles representam o clube. Isso sente-se e ficamos um bocado triste por termos de adiar o jogo. Se tudo correr bem vamos começar em casa», contra o Queluz.
«Acreditamos que quando as equipas competem por objetivos interessantes e com bom basquetebol, é sempre mais fácil trazer pessoas ao pavilhão. Acima de tudo representamos um clube muito grande», afirma o técnico antes de referir os três pontos que o levou a procurar vários jogadores que já tivessem passado na Liga para que o impacto da vinda da Proliga não fosse tão forte.
«Houve três preocupações. Uma, que tivessem experiência de liga, de forma a que mais facilmente entrem na competição sem estranhar o nível. E depois consigam tomar decisões e executar com mais qualidade».
«O ponto 2 foi construir a equipa com uma boa base de jogadores portugueses. Acreditamos que, para a estabilidade do projeto a curto e médio prazo, é mais forte que exista essa base e não depender exclusivamente da qualidade dos estrangeiros. Vemos o basquete como um jogo coletivo e 5/6 jogadores é curto numa Liga com qualidade desta. O 3.º ponto, foi reunir também jogadores que já tivessem trabalhado connosco no passado, na Proliga, como são os americanos Broderick Robinson e Jesse Bingham, que foram importantes no projeto do clube e ajudaram-nos a ir subindo de divisão.»
«O basquete que quero é que seja construído a partir da defesa. Com ritmo alto e que interrompa o ataque adversário no meio-campo defensivo. Impedir situações de lançamento favoráveis e a partir de transições construir o nosso ataque, com bom ritmo e posses de bola mais curtas. E depois construir lançamentos a partir do extrapasse. Basquete colectivo em que todos têm de contribuir nos dois lados do campo.»