Vasco Botelho da Costa: «Sporting foi melhor do que o Moreirense»
O Moreirense aguentou o poderio ofensivo do Sporting até aos 76 minutos, altura em que Luis Suárez converteu uma grande penalidade, e acabou por perder em Alvalade por 0-3. Vasco Botelho da Costa lamentou o resultado pesado, que não oferece qualquer tipo de discussão, e elogiou os seus jogadores, apesar de lamentar também alguns erros individuais.
«É o resultado que temos e quando se perde 0-3 não há mais nada do que fazer do que dar os parabéns à equipa do Sporting, foi melhor do que o Moreirense e não há grande história em relação ao resultado. Em relação à questão do jogo já é um bocadinho diferente. Nós tentámos ao máximo pressionar o Sporting. Na primeira parte, com a variedade que estava a ter na construção, criou-nos muita dúvida e é muito difícil comunicar num estádio com estas dimensões e com este ambiente, portanto precisávamos do intervalo para ajustar. Na segunda parte conseguimos controlar muito melhor, a grande diferença foi que cometemos alguns erros em lances que devíamos ter controlado de maneira diferente. Depois a equipa sentiu um pouco o golo, porque estava a sentir que estava a ter mais sucesso, e sentiu muito. Do ponto de vista ofensivo, foi um jogo um pouco repartido. Tivemos momentos em que conseguimos sair, outros em que estávamos cansados porque corremos muito e tivemos de bater bolas. E isto é sempre o treinador a querer jogar, mas também é importante respirar e é sempre difícil jogar em casa de um grande, é o campeão. Cada vez que vai ao banco troca e as coisas andam para a frente. Dar os parabéns ao Sporting, ganhou justamente e nós vamos tentar descansar o máximo possível. Temos já jogo sábado e uma viagem longa pela frente, e preparar o Casa Pia», começou por dizer, em entrevista à Sport TV, elogiando também o adversário.
«Sim, sem dúvida que um dos pontos fortes do Sporting é o posicionamento do Trincão e do Pote ali entrelinhas. O Suárez também veio acrescentar isso, muita qualidade a jogar. Mas o nosso problema não era esse, estávamos ali com um posicionamento em dúvida, se o Cedric montava uma linha de 5 ou se estava mais em 4-4-2. Esse nosso posicionamento também ia depender do que os médios do Sporting fizessem, e acabamos por ter dúvidas porque quando uma equipa da qualidade do Sporting adopta um posicionamento e depois outro, temos de ter maturidade e capacidade de interpretação. Nós também como treinadores não conseguimos padronizar tudo, a verdade é que depois mostrámos em vídeo ao intervalo e os jogadores acabaram por entender. Conseguimos controlar a saída de bola do Sporting muito melhor do que a primeira», explicou, afirmando que a equipa esteve bem coletivamente.
«Nós sabemos o que queremos, preparamos os jogos todos da mesma maneira. Mexe sempre vir jogar num grande, mas aquilo que é a preparação do jogo não pode mudar em nada. Perceber as dinâmicas coletivas da equipa, entender que muitas vezes a individualidade faz a diferença e vemos muitas vezes oportunidades de golo do Sporting que são incontroláveis, por causa da qualidade deles. Tentámos identificar os espaços, conseguimos algumas vezes, outras não, porque estamos a jogar com uma equipa muito agressiva e com qualidade», atirou, explicando a mudança na baliza, de Caio Secco para André Ferreira, que esteve muito bem.
«São decisões estratégicas, apesar de não ser tão usual, sentimos que o André tinha determinadas características para este jogo que nos podíamos favorecer. Sorte a nossa ter três guarda-redes de enorme qualidade. Desta vez aconteceu na baliza e semanalmente acontece noutras posições, vemos isso com naturalidade», finalizou.