Sudakov no primeiro dia no Seixal (SL Benfica)

Sudakov vive «sonho» no Benfica: «Sinto que renasci»

Médio que reforçou os encarnados neste mercado de verão partilha primeiras impressões como jogador das águias e fala do apoio de Trubin

Georgiy Sudakov, médio ofensivo que reforçou o Benfica na última janela do mercado de transferências, partilhou sensações vividas com a mudança para a Luz, proveniente do Shakhtar Donetsk.

«Aconteceu tudo muito rápido. E mesmo depois de já estar há dois ou três dias em Lisboa, após assinar o contrato, ainda não acreditava totalmente. Quando cheguei pela primeira vez ao centro de treinos, treinei-me individualmente, conheci a equipa, e ainda assim parecia um sonho», afirmou o jogador, que se encontra ao serviço da seleção ucraniana.

Questionado sobre o momento em que soube do interesse dos encarnados, recordou: «Há cerca de uma semana e meia vi notícias de que estavam interessados em mim. Mas, nos últimos dois anos, muitas equipas mostraram interesse em mim, por isso nem levei a sério. Só na segunda-feira, antes do jogo contra o Servette, é que soube que havia um interesse sério e que tinha sido alcançado algum tipo de acordo. O agente ligou-me e disse que o Benfica estava muito interessado em mim e que talvez viajássemos para Lisboa a partir de Genebra.»

O impasse foi o que custou mais, segundo revelou. «O mais difícil é quando, durante quatro ou cinco dias, não se sabe se a transferência vai ser concretizada ou não, estando o período de transferências a chegar ao fim. Parece que os clubes chegaram a acordo, mas ninguém falou comigo. Tudo isto cria tensão e, primeiro, precisava de concentrar-me no jogo contra o Servette. Ainda bem que aconteceu assim: vencemos, passámos à Liga Conferência e na noite após o jogo chegámos a acordo com o Benfica», lembrou.

«É difícil expressar, mas sinto-me como se tivesse renascido. Começas tudo do zero. No Shakhtar, passei por uma certa fase, e agora o Benfica é um grande passo em frente. Sais da tua zona de conforto, começas o processo com uma nova equipa, novos jogadores, treinadores, aprendes novos aspetos do futebol. Mesmo nos treinos sentes que já és um jogador de um clube europeu. A minha autoconfiança aumentou», sublinhou.

O compatriota Anatoliy Trubin, guarda-redes das águias, foi ajuda no processo. «Estamos constantemente em contacto. Ele passou-me o contacto de uma rapariga para eu aprender português. Quero estudar o básico da língua portuguesa pelo menos duas ou três vezes por semana, para facilitar a comunicação com a equipa. A maioria fala inglês, mas o português vai ajudar na vida quotidiana e com o treinador», afirmou, falando das primeiras impressões: «O estádio é incrível, a cidade é bonita, o tempo está bom, a comida é deliciosa e há muitos ucranianos. Quando resolvermos as questões quotidianas, será mais fácil psicologicamente, especialmente com a minha esposa grávida e um filho pequeno.»