Manuel Sérgio em 2018. FOTO MIGUEL NUNES

Sobre Manuel Sérgio: o privilégio de ser jornalista

Naquele almoço com Homero Serpa, Vítor Serpa e Manuel Sérgio acho que só fui convidado para o café. E que privilégio!

Já lá vão uns anos, não sei bem quantos e na verdade não interessa muito. Por algum acaso, visto que A BOLA é um jornal diário e por isso fecha necessariamente tarde e implica poucos almoços, dei por mim nos anos 90 do século passado a almoçar (se calhar fomos convidados só para o café, na verdade) no Caracol, Bairro Alto, com o sr. Homero Serpa, o Vítor Serpa, seu filho e então diretor do jornal, e o professor Manuel Sérgio. O tema na mesa era o Belenenses. Mas era também o Desporto. E a vida.

Se já o conhecia e reconhecia como figura pública, então nunca mais o esqueci. Ele certamente não reteve o momento como eu. A verdade é que os caminhos da vida foram fazendo com que nos cruzássemos amiúde e nos últimos largos meses contactámos mais frequentemente porque Manuel Sérgio nunca quis deixar de pensar o desporto e plasmar o pensamento em textos, aqui, em A BOLA. Foi uma honra conhecê-lo. É nestes momentos que não nego que há um certo privilégio em ser-se jornalista: poder conhecer pessoas que valem a pena.