«Se o Arsenal ganhar o título, será só porque gastou dinheiro»

O treinador do Manchester City, Pep Guardiola, é sempre cáustico quando a questão é sobre o quanto os clubes gastamm, com o City a ser há anos apontado como tendo vantagem injusta sobre os outros devido aos fundos provenientes da Arábia Saudita.

Na antevisão ao jogo da 6.ª jornada da Premier League com o Arsenal, no domingo, falou sobre o grande investimento do Arsenal durante o verão, que incluiu o sueco Viktor Gyokeres, contratado ao Sporting, e não resistiu a alguma ironia:

«É o que é. Eles decidiram fazer isso no Arsenal. Só quero dizer ao meu amigo Mikel Arteta que, se ele ganhar o título, será só porque gastou dinheiro, não porque trabalhou muito ou pelos seus jogadores», começou por ironizar.

«É como o Liverpool. Se o Arne ganhar novamente, será porque gastou muito dinheiro, certo? Porque não foi só o Man City que fez isso, não é? Ouçam, já há muitos, muitos anos, cada clube pode fazer o que quiser. Sei que a forma como foram tratados é completamente diferente, mas eles gastam porque querem, e está tudo bem. Tudo o que posso dizer é que foram inteligentes. Gastaram o que acreditam que podem para competir contra as melhores equipas da Premier League e da Europa, e já chegaram a esse nível», notou, continuando os elogios:

«Passo a passo, o Arsenal está a melhorar. Na última época na Europa, deram um passo incrível em frente e, para mim, são a equipa mais sólida, não cometem erros na defesa. Têm velocidade lá na frente, têm, claro, bolas paradas com o [treinador] Nico Jover — que esteve aqui. É em todos os departamentos. Mas nós sabemos disso. Cada equipa está melhor e eu conheço a qualidade que todos eles têm.»

O técnico falou também de Rodri, e da quantidade de jogos que conseguirá aguentar depois da operação ao joelho – o espanhol saiu aos 60 minutos de jogo frente ao Nápoles, esta quinta-feira.

«É uma boa pergunta. Ainda não sei. Ele foi muito inteligente, eu sei que o resultado ainda não estava fechado, 1-0 é sempre complicado, mas ele não se sentia bem. Sempre que tentámos falar com ele, pedimos que se aguentasse, mas sentíamos que não estava confortável e que era melhor assim. Vamos vendo dia a dia, mas ele está a tentar estar pronto para os jogos. E com ele em campo sentimo-nos mais confortáveis. Mas, claro, depois de uma lesão tens de estar atento e vamos decidir no domingo como ele se sente.»