Lateral dos napolitanos foi expulso e abriu caminho ao triunfo da equipa de Pep Guardiola, no Etihad #DAZNChampions

Man. City-Nápoles: regresso do rei... sem vassalagem (crónica)

Ingleses entraram com o pé direito na Champions mas tiveram vida facilitada a jogarem 70' em superioridade; De Bruyne era a arma do Nápoles para fazer tremer o Etihad, mas foi sacrificado aos 26' após expulsão de Di Lorenzo aos 21'; Haaland e Doku furaram a muralha italiana

Noite de regressos a Manchester, esta quinta-feira, com De Bruyne a voltar a atuar no Etihad, que fora a casa do internacional belga nos últimos dez anos, mas agora no papel de adversário, sem esquecer também McTominay e Hojlund, antigos jogadores do Manchester United, esses, sim, já habituados ao papel de rivais dos citizens, e que não terão estranhado minimamente o ambiente nas bancadas.

Ao contrário de De Bruyne. Que até foi aplaudido à entrada para o aquecimento e não só, por antigos colegas e adeptos. Foi rei em Manchester e quer agora sê-lo em Nápoles. Aliás, o clube italiano apelidou esta noite como sendo a do «regresso do rei» a Manchester, elevando ainda mais as expetativas em relação a este duelo inédito entre o belga e Guardiola, o treinador que não mais o quis ter na equipa. Mas as expetativas saíram furadas. Demasiado cedo.

Os primeiros minutos da primeira vitória do City nesta edição da Champions mostraram logo a toada: o Nápoles a defender em 5x4x1 com bloco baixo, a convidar o City para o seu meio-campo para depois explorar transições rápidas. Nada de novo, portanto, numa equipa italiana, mesmo ostentando o scudetto de 2024/25. Mas os planos saíram furados quando Haaland escapou aos 19 minutos e foi travado por Di Lorenzo à entrada da área, com o capitão do Nápoles a impedir que o norueguês se isolasse perante Milinkovic-Savic. O árbitro teve de recorrer ao VAR perante os protestos dos citizens, mas acabou mesmo por mostrar o vermelho direto a Di Lorenzo aos 21'.

Cinco minutos depois, Conte começa a reorganizar o xadrez da equipa e... sacrifica De Bruyne. Assim, num instante, a sequela do filme de De Bruyne ficou sem argumento, sem final à altura. E parecia dar sinal de que o Nápoles abdicava de tentar vencer o jogo, que o empate já seria bem bom.

E o que se viu depois foi uma espécie de tiro ao boneco (22-1 em remates no final do jogo...) . O City manteve-se confortavelmente instalado no meio-campo do Nápoles e sem grandes pressas foi circulando a bola para tentar desmontar a linha defensiva dos italianos. Mas só o conseguiu fazer depois dos primeiros dez minutos após o intervalo. Num lance magistral, Phil Foden, à entrada da área, picou a bola por cima da última linha napolitana e fez esta ficar ao alcance de Haaland, que com um toque subtil de cabeça bateu o gigante Milinkovic-Savic, que estava a ser até então um dos melhores em campo e já tinha adiado em várias ocasiões o primeiro golo da equipa da casa. O norueguês chegava assim aos 50 golos na UEFA Champions League... ao jogo 49.

Guardiola via a equipa conseguir finalmente furar a muralha transalpina e não precisou de esperar muito mais pelo golpe final, porque menos de dez minutos depois Doku abriu o livro e com um lance individual entrou área dentro e rasgou a defesa italiana, chutando cruzado de pé esquerdo e fazendo a bola passar por entre as pernas de Milinkovic-Savic.

Conte ainda injetou sangue fresco na equipa, mas não conseguiu ameaçar o City, que nunca perdeu o controlo do jogo, limitou-se, simplesmente, a tentar evitar que o Nápoles regressasse a casa com o saco cheio. E ninguém prestou vassalagem ao rei...