Sabia que foi um clube amador que fez o Real Madrid vestir de branco?

Os do Real Madrid são os blancos. Adeptos e jogadores. Desde sempre? Nem mais. Desde o ano de fundação, o Real Madrid veste um equipamento branco. E assim continua no Mundial de Clubes. Mas porquê? Devido a outro clube com um passado glorioso, mas que a história esqueceu.

Não vale a pena discutir se o Real Madrid é o maior clube do mundo. É um dos mais bem-sucedidos. E decidiu basear o equipamento naquele que é visto como o maior clube da história do futebol amador, segundo a Imprensa inglesa. Nos tempos em que a profissionalização do desporto-rei ainda estava distante.

Trata-se do Corinthian FC. Fundado em 1882, num restaurante ao pé da Catedral de São Paulo, no coração de Londres, por um membro da Federação Inglesa de Futebol, Parr Jackson, com um único objetivo: tornar a seleção de Inglaterra mais forte para derrotar a Escócia, que na altura dominava o futebol britânico.

A ideia era reunir um grupo dos melhores jogadores ingleses para treinarem de forma regular e só fazerem jogos particulares. E resultou, com Inglaterra a vencer a Escócia em 1899 com nove jogadores do Corinthian FC. Para além disso, até hoje é o único clube que providenciou todos os jogadores de um onze inicial da seleção de Inglaterra (em dois jogos contra o País de Gales, em 1894 e 1895).

Em Madrid, um irlandês estava atento a este impacto no futebol inglês: Arthur Johnson, figura de enorme importância nos inícios amadores do Real Madrid e com o nome escrito a páginas douradas na história do clube: foi o autor do primeiro golo de sempre do Real, assim como o marcador do primeiro golo da história do El Clásico e o primeiro treinador oficial do Real Madrid.

Johnson viu o sucesso que o Cortinthian tinha e decidiu trazer a cor branca para equipar a equipa espanhola. E assim, desde 1902, o Real Madrid passou a ser conhecido como os blancos ou os merengues.

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