Rooney sobre a sua posição preferida: «Marcava 34 golos e ficava aborrecido»
Wayne Rooney, antiga lenda do Manchester United e da seleção de Inglaterra, tem 559 jogos e 223 golos pelos red devils.
Contudo, as épocas em que marcou mais golos foram aquelas que o «aborreceram» mais, pois preferia estar mais envolvido na construção do jogo.
Embora gostasse de jogar em «qualquer posição do meio-campo para a frente», o antigo jogador preferia atuar como número 10, nas costas do ponta de lança.
«Estava no meu melhor quando tinha liberdade para jogar e aparecia na esquerda, na direita ou até mesmo atrás dos médios. Gostava de estar no terço ofensivo, era o que mais apreciava. Se tivesse de escolher uma posição, seria a de número 10», revelou no Wayne Rooney Show da BBC Sport.
Rooney contou também que nem sempre seguia as ordens táticas à risca.
«Às vezes não era suposto eu fazer aquilo e o treinador gritava comigo para subir no terreno. Mas, por vezes sentes o jogo e, na minha cabeça, era aquilo que o jogo pedia», afirmou.
O avançado que queria mais do que marcar golos
As temporadas 2009/10 e 2011/12 foram as mais goleadoras da sua carreira, com 34 golos em cada. Mas, apesar dos números extraordinários, Rooney confessou que marcar golos não era suficiente para o satisfazer plenamente.
«Tive duas épocas em que joguei como número 9 e marquei 34 golos em cada uma, mas ficava aborrecido. Saía do campo, marcava golos, mas não estava a desfrutar», começou por confessar.
«Gostava de jogar futebol e de participar no jogo. Claro que estávamos a ganhar, mas eu queria estar mais envolvido. Perdemos alguns jogadores e eu passei para a frente. Adoro marcar golos, mas queria participar mais no jogo», acrescentou.
O melhor parceiro era o mais parecido: Carlos Tévez
No habitual 4x4x2 de Sir Alex Ferguson, Rooney teve vários parceiros e, embora gostasse mais de jogar como segundo avançado ou número 10, o seu companheiro de ataque preferido não era um ponta de lança, mas sim um jogador parecido consigo.
«Gostei muito de jogar com o Carlos (Tévez). Gostei de jogar com todos, mas com o Carlos... quando o contratámos, a imprensa dizia que éramos demasiado parecidos e que não podíamos jogar juntos. E acho que isso nos motivou a ambos a provar o contrário», confessou.
«Éramos agressivos, trabalhávamos muito e fazíamos desarmes, mas complementávamo-nos bem. Um jogava a 9, o outro a 10, íamos trocando. Foi, sem dúvida, o meu parceiro preferido», concluiu.
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