VAR no Brasileirão
VAR no Brasileirão - Foto: IMAGO

Revolução no VAR? Brasil testa novas medidas com pedidos e cartões

Jogo das meias-finais da Taça Paulista serviu para estrear novas regras no futebol brasileiro

Na noite de sexta-feira, o futebol brasileiro estreou uma nova ferramenta — Football Video Support (FVS) — para tentar revolucionar ou melhorar o VAR com novas medidas e regras, mas está apenas ainda em fase de testes.

Isso aconteceu no jogo das meias-finais da Taça Paulista entre o Comercial e o XV de Piracicaba (1-1) e foi uma iniciativa da Federação Paulista de Futebol. O objetivo é usar a tecnologia de VAR perante apenas a solicitação do treinador quando entender que houve um erro em quatro possíveis situações: golo, penálti, vermelho direto ou cartão aplicado ao jogador errado, as já previstas no protocolo habitual.

Cada treinador tem direito a apenas dois pedidos e eles são feitos através de um gesto - girar o dedo no ar -, entregando de seguida um cartão de solicitação, branco, à equipa de arbitragem. Assim que o recebe, o árbitro segue para a cabina, perto do relvado, para assistir ao lance num ecrã. Após análise, mantém ou altera a decisão e, caso seja de acordo com a do treinador, ele não perde um dos dois pedidos, tal como acontece no futsal.

A diferença é que aqui não há árbitro de vídeo, o VAR. É o próprio árbitro que, sozinho, analisa a situação nas câmeras, embora possa ser o quarto árbitro a verificar a situação, sem pedidos do treinador, em golos ou pontapés de penálti no final de uma eliminatória.

Este modelo já foi testado pela FIFA no Mundial de sub-20 feminino em 2024 e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já anunciou que esta ferramenta vai ser usada também na Taça do Brasil feminina, só a partir dos quartos de final.

Relativamente ao jogo de sexta-feira, o primeiro pedido de um treinador foi feito aos 31 minutos, para assinalar um pontapé de penálti, e o árbitro acabou por concedê-lo, mas não o do adversário, durante o segundo tempo. Na compensação, surgiu um terceiro pedido, desta vez para não assinalar a grande penalidade, mas o árbitro manteve a sua decisão inicial.