Mbappé marcou o golo que deu a liderança ao Real Madrid. FOTO MANU REINO/IMAGO
Mbappé marcou o golo que deu a liderança ao Real Madrid. FOTO MANU REINO/IMAGO

Real Madrid joga pouco, mas é líder

Exibição muito cinzenta a uma semana do clássico com o Barcelona. Xabi Alonso voltou a merxer na equipa e Getafe até esteve perto do empate com nove jogadores em campo

Depois da complicada vitória do Barcelona, o Real Madrid estava obrigado a ganhar para recuperar a liderança da liga e chegar na posição privilegiada de líder ao clássico do próximo fim de semana. Uma vez mais Xabi Alonso surpreendeu com o anúncio da formação inicial, na qual Alaba foi designado para jogar ao lado de Militão no centro da defesa, com os dois laterais direitos lesionados foi Valverde o escolhido para ocupar esse lugar, enquanto ficavam a descansar no banco Arda Guler e Vinícius, entrando, Bellingham e Rodrygo.

O técnico do Real, amigo das rotações, não apresentou ao longo das nove jornadas, duas vezes a mesma linha, é sempre Courtois e Mbappé e mais nove... que  nunca se sabe quem serão. Mesmo assim, vitória sofrida por 1-0, com o marcador do costume.

Tal como sucedeu em todos os desafios da jornada também neste os jogadores mostraram o seu desacordo com o projeto de que o Barcelona e o Villarreal se defrontem em Miami, depois de Mbappé ter tocado a bola no centro, todos ficaram imóveis durante uns dez segundos até começarem a jogar, um gesto simbólico, mas com bastante significado.

O Real Madrid procurou desde o inicio assumir o controlo das operações, mantendo a posse da bola, Mbappé teve um par de remates com certo perigo mas o Getafe, uma equipa sempre sólida e  incómoda, sabendo fechar-se bem atrás, Domingos Duarte e o seus companheiros, sem darem qualquer espécie de facilidades, mostraram contundência em anular as jogadas de ataque contrárias bastante previsíveis, domínio sim mas com um centro do campo pouco criativo, faltou  a  verticalidade necessária para que pudessem surgir oportunidades claras de golo.

O Getafe, muito conhecedor do seu papel de, primeiro saber defender e depois procurar alguma oportunidade de contra-atacar, chegou a aproximar-se um par de vezes da baliza de Courtois e numa delas Valverde esteve no limite de cometer grande penalidade.

Chegou-se assim ao intervalo com o marcador em branco, se verdadeiramente queria ganhar o jogo, Xabi Alonso estava obrigado a tomar decisões que permitissem à equipa dar um rendimento bem diferente do que se tinha visto até ao intervalo.

A primeira medida tomada pelo técnico do Real foi a de fazer entrar a Vinicius para o lugar de Mastantuono e a seguinte a de retirar Camavinga para dar entrada a Arda Güler. Não se notaram demasiado as mudanças, mas Mbappé, num livre direto, quase marca.

Mas quem decidiu a sorte do desafio foi o jogador local Nyom, à meia hora entrou em campo e, um minuto depois, foi expulso por entrada dura sobre Vinicius. O Real Madrid soube aproveitar a superioridade numérica  para se adiantar no marcador: Arda Güler fez um passe em profundidade para Mbappé que, com um remate bem colocado, bateu o guarda redes Soria.

Pouco depois, Sancris viu o segundo cartão amarelo, o que obrigou o Getafe a jogar com nove jogadores até final da partida mas, nem por isso a turma local perdeu o entusiasmo e a dignidade e no penúltimo minuto, esteve muito perto de empatar, nâo o permitiu Courtois com uma enorme intervenção, a única mas decisiva que teve de fazer em todo o desafio.

Finalmente, o Real Madrid logrou o objetivo de ganhar o desafio, recuperou o primeiro lugar. mas a exibição foi dececionante, talvez a mais pobre de todo o campeonato.

Domingos Duarte contundente e seguro esteve certo no centro da defesa.