Rafael Leão decisivo na vitória do Milan frente à Roma

Num jogo de perdulários, Rafael Leão foi decisivo. A Roma entrou melhor, o Milan equilibrou, superiorizou-se e soube manter a vantagem para vencer por o conjunto visitante por 1-0, na 10.ª jornada da Serie A, com golo de Pavlovic criado pelo internacional português.

Primeiro foi Cristante, depois El Aynaoui. A seguir Ndicka cabeceou ao lado e Dybala, de trivela, ficou perto de um golaço. Faltou a eficácia mas, na primeira meia hora, a Roma foi totalmente controladora. Dominou a posse de bola, visou uma e outra vez a baliza de Maignan e, mesmo que o francês não tenha sido obrigado a intervenções extraordinárias, a linha defensiva foi colocada uma e outra vez em xeque. Os ataques tardavam em surgir e, mesmo quando a bola chegava a Rafael Leão, pouco ou nada acontecia. Mesmo quando, a partir dos 20 minutos, começaram a permitir mais posse aos rossoneri, foram os giallorossi que, nas transições rápidas, estiveram perto do golo.

Tudo isto só tornou mais surpreendente que tenha sido o Milan a inaugurar o marcador, ao minuto 39. Contra uma equipa virada para o ataque, e que, por isso, dava algum espaço nas costas, não houve melhor cenário para Rafael Leão arrancar... e já não parar. Correu, correu, correu mais um bocadinho e, quando o campo acabava já ali à frente, cruzou para trás, mesmo para onde estava Pavlovic, que encostou para fazer o 1-0.

A equipa da casa cresceu no final do primeiro tempo mas foi nos primeiros 10 minutos do segundo que mostrou uma faceta completamente oposta à que apresentou na primeira meia hora. Forte, ágil e controlador, o conjunto anfitrião ameaçou uma e outra vez, mas Svilar apareceu para tirar o 2-0 a Leão e a Nkunku, que ainda acertou no poste. Tudo isto nos primeiros cinco minutos após o intervalo. Gasperini não esperou, colocou Pellegrini e Bailey, equilibrou em contenda, mas não conseguiu alcançar os níveis de perigo que havia mostrado no início. Leão esteve perto do 2-0 novamente, mas a finalização do português aos 69' foi intercetada por Hermoso em cima da linha de golo.

A falta de eficácia foi um problema de ambas as equipas, mais para uma numa fase, mais para outra noutros momentos. Mas a Roma foi a grande prejudicada pela incapacidade de aproveitar as oportunidades que criou. O derradeiro exemplo foi ao minuto 82, quando Dybala, após mão de Fofana na sequência de um livre, pôde, de penálti, empatar a partida. Maignan acertou o lado, voou e parou o potente, porém não muito colocado, remate do argentino.

O chuveirinho da Roma não surtiu efeito e o apito final foi garantia de três pontos para o Milan, que, assim, iguala os giallorossi e o rival Inter no segundo lugar, a um ponto do líder Nápoles.