João Noronha Lopes, candidato à presidência – Foto Ana Rocha Nené
João Noronha Lopes, candidato à presidência – Foto Ana Rocha Nené

«Quem começou uma campanha de ataques pessoais foi Rui Costa»

Noronha Lopes defende-se das críticas de que é mau gestor e aponta o dedo ao presidente encarnado

Noronha Lopes apontou o dedo a Rui Costa, acusando o atual presidente do Benfica de ter começado uma campanha de ataques pessoais, defendendo-se ainda das críticas de que é mau gestor.

«Quem começou uma campanha de ataques pessoais foi Rui Costa. Começou quando eu fiz perguntas relativamente ao projeto Benfica District. Cinco minutos depois, o departamento de comunicação do Benfica, que demora cinco meses para responder a provocações de outros clubes, para responder às dúvidas de um sócio, demorou cinco minutos. Os ataques pessoais começaram aí e continuaram num comunicado onde me acusa a mim de festejar derrotas do Benfica. Há campanhas que vivem dos ataques pessoais. A minha vive de apostas de projetos e de futuro. Aquilo que espero é que o escrutínio que tem sido feito à minha candidatura seja feito às outras candidaturas.», disse, em entrevista à CMTV.

«Mau gestor? Sugiro que os benfiquistas vão à minha página de LinkedIn e vejam o que dizem sobre a minha capacidade de gestor. Contra factos não há argumentos. Não admito que ninguém ponha em causa a minha reputação, a minha honestidade e a origem do meu dinheiro. É estranho que estas notícias comecem a sair dois dias depois de eu ter dito, na apresentação da minha candidatura, que ia fazer uma auditoria às contas do Benfica. Uma auditoria que é um ato normal de gestão, que eu faço em qualquer empresa onde entro para ver o que está bem e o que está mal. É uma coincidência. Acho que há pessoas que estão preocupadas com isto. Rui Costa? Não sei, tem de lhe perguntar, eu não estou preocupado», continuou.

«Disseram que não tinha equipa. Apresentei a equipa, com pessoas com uma reputação acima de qualquer dúvida. O meu projeto tem 56 páginas. O que sobra? Vamos para a maledicência, calúnia e difamação. Já estava à espera disto. Tenho uma grande sorte e um grande orgulho. A minha família é tão benfiquista como eu. Estar a partilhar dados privados é duro para mim e para eles. Claro que falei com a minha família. Eles querem tanto como eu defender a minha honra e dignidade. João Noronha Lopes não tem nada a esconder, tem um currículo à prova de bala, é um homem livre, com recursos financeiros que acumulou ao longo de uma vida de trabalho. Não faço parte de sociedades secretas, não sou apoiado por empresários, não tenho ligação a pessoas que não dão a cara. Sou independente. É essa independência que o Benfica precisa e que assusta muito gente. Esta campanha só vai terminar quando eu for eleito presidente. As notícias difamatórias vão aparecer e eu cá estarei para esclarecer os benfiquistas. Eu sabia que isto ia acontecer. Quando vamos para um cargo público, estamos preparados para isto. Darei sempre a cara, não me escondo atrás de comunicados ou diretores de comunicação.»

Sobre Rui Costa ser o alvo a abater, nas palavras do próprio presidente do Benfica: «Se fosse Rui Costa o alvo a abater, acha que eu estava aqui a partilhar a minha declaração de rendimentos? Claro que sou o alvo a abater. Vou em primeiro. Sou eu que encho as Casas do Benfica. Eu sinto o desejo de mudança dos sócios. Eu serei presidente do Benfica, podem continuar com estas campanhas. É de alguém que se preparou para isto. Não vou fazer um estágio. Tenho um projeto claro e vou colocar os interesses do Benfica à frente disto.»