Edinson Cavani chegou a vestir de azul e amarelo, mas não pelo Chievo: atuou no Boca Juniors
Edinson Cavani chegou a vestir de azul e amarelo, mas não pelo Chievo: atuou no Boca Juniors - Foto: IMAGO

«Quase contratámos Drogba em 2002, Cavani não veio porque custava 500 mil euros»

Luca Campedelli, histórico presidente do Chievo, recorda histórias passadas do clube que caiu em desgraça

Longínquos vão os tempos em que o Chievo lutava pela Europa na Serie A. A competir atualmente numa das várias séries do quarto escalão do futebol italiano, o clube sediado em Verona já viveu melhores dias, recordados por Luca Campedelli — assim como as razões para a queda do histórico —, antigo presidente, num livro lançado recentemente, chamado Chievo, delitto perfetto. Em português, 'Chievo, crime perfeito'.

Segundo o ex-dirigente, os clivensi chegaram a estar muito perto de conseguir contratar dois avançados que viriam a tornar-se figuras do futebol à escala global: Didier Drogba e Edinson Cavani.

«Quase contratámos Drogba. Em 2002, ele estava assegurado. A única condição era vendermos o Eriberto e o Manfredini, o que acabou por falhar. Em 2006, Cavani esteve à experiência connosco, mas, segundo alguns membros da Direção, não justificava a verba que tínhamos de pagar por ele: 500 mil euros», detalhou Campedelli, em entrevista à Gazzetta dello Sport, publicada esta sexta-feira.

A pandemia de covid-19 acabou, segundo o ex-presidente, por ter peso decisivo na queda do Chievo, durante a batalha com a federação italiana originada pela incapacidade de certificar a viabilidade financeira do clube. «Não tivemos hipótese de ripostar. Ninguém quis tomar partido da vítima, ou ter a certeza de que a Justiça analisava a nossa versão como devia ser. As instituições limitaram-se a dizer que o Chievo não contestou a decisão da FIGC [Federação Italiana]. Sem a covid-19, o Chievo ainda estaria vivo, porque não teríamos passado por problemas financeiros e os salários teriam sido pagos de forma regular», lamentou Campedelli.