PSG vence Angers mas continua longe do brilho esperado

A Ligue 1 2025/26 começou como tantas outras com a inevitável pergunta sobre quem poderá travar o PSG. Na estreia, o Nantes não foi capaz de o fazer (1-0), e esta segunda jornada trouxe nova tentativa, agora do Angers. No Parque dos Príncipes, três meses depois da última aparição caseira e já com o estatuto de campeão europeu e vencedor da Supertaça Europeia, o conjunto de Luis Enrique voltou a vencer, mas sem encantar: 1-0, idêntico ao da jornada anterior.

O PSG apresentou-se sem Kvaratskhelia, lesionado, e coube a Barcola assumir o lugar do georgiano. Entre os portugueses, Nuno Mendes, Vitinha e João Neves alinharam de início, enquanto Gonçalo Ramos voltou a começar no banco. Do lado adversário, um Angers que terminara a última época em 14.º e que vencera o Paris FC na ronda inaugural, procurava surpreender em Paris, mesmo que a sua estratégia fosse sobretudo defensiva.

O arranque foi previsível. O PSG instalado no meio-campo contrário, a jogar com três centrais no processo ofensivo, variando entre Marquinhos, Pacho e Nuno Mendes ou, em alternativa, com Fabián Ruiz a recuar para essa função. Hakimi fixava-se na direita, Barcola na esquerda, enquanto Dembélé e Doué procuravam desequilíbrios no corredor central. Vitinha, maestro habitual, era o jogador com mais bola, sempre à procura da linha de fundo para poder executar o último passe.

A superioridade, contudo, não se traduziu em golos. Dembélé falhou escandalosamente uma grande penalidade aos 25 minutos e, pouco depois, Doué obrigou Koffi à melhor defesa da primeira parte. O intervalo chegou com o marcador fechado e a sensação de que o PSG dominava mas sem clarividência na hora de decidir.

Na segunda parte, o campeão francês entrou com outra energia e acabou por desbloquear o encontro aos 50 minutos. Após um alívio infeliz da defesa visitante, Fabián Ruiz, dentro da área, aproveitou para inaugurar o marcador. O Angers acusou o golo e raramente voltou a sair com perigo, exceção feita a um remate de Belkhdim aos 68 minutos, a melhor ocasião dos visitantes.

Luis Enrique mexeu na frente. Gonçalo Ramos entrou para dar maior presença na área, mas foi Nuno Mendes quem mais se destacou no último quarto de hora. O lateral português ganhou metros no ataque, criou desequilíbrios pela esquerda e esteve perto de um golaço num remate colocado. Hakimi também surgiu mais vezes em zonas de definição após a saída de Dembélé para a entrada de Kang-In Lee, que reforçou o meio-campo.

O apito final confirmou nova vitória magra do PSG, sustentada mais no talento individual do que na consistência coletiva. Fabián Ruiz foi o herói improvável de uma equipa que continua a procurar inspiração, mas que soma já seis pontos em dois jogos. Para os adeptos parisienses fica o fim do capítulo entre Donnarumma e PSG, pois, no final jogo, o guarda-redes italiano foi agradecer aos adeptos e despedir-se do Parque dos Príncipes, depois de ter escrito uma bonita história em Paris que termina com uma época onde venceu cinco das seis competições que disputou.