«Preços absurdos»: custo dos bilhetes do Mundial 2026 continua a gerar polémica
O porta-voz da Embaixada de Adeptos da Inglaterra, Thomas Concannon, insurgiu-se contra os preços dos bilhetes para o Mundial 2026, dois dias depois de os ingressos terem sido postos à venda.
A FIFA não divulgou os preços dos bilhetes, apenas o intervalo entre o preço mais barato e o mais caro: o mais barato, na fase de grupos, ronda os 50 euros, o mais caro, na final, custa mais de mil e 700 euros.
«Estes preços são absurdos– dois mil euros pelo bilhete mais barato é inaceitável. Se os adeptos conseguirem um bilhete de categoria quatro do primeiro ao último jogo, isso poderá custar pelo menos dois mil e 700 euros. É mais do dobro do custo no Mundial do Qatar», afirmou Concannon, citado pela ESPN.
«Se juntarmos a isso com as viagens e o alojamento, este será, de longe, o Mundial mais caro que já vimos para os adeptos. (...) Pedimos à FA (Federação Inglesa de Futebol) que trabalhe com os outros países para que pressionem a FIFA a manter este Mundial financeira acessível aos adeptos que vão aos jogos», acrescentou.
O The Athletic, de resto, noticiou que na primeira leva de bilhetes disponibilizados são raros os que custam o valor mínimo estipulado, 50 euros. Além disso, a publicação refere ainda que a FIFA vai cobrar uma comissão extra de 15 por cento sobre os bilhetes comprados e vendidos na sua plataforma oficial de revenda.
Por sua vez, a FIFA defendeu-se das críticas: «O modelo de preços adoptado reflecte, de um modo geral, as práticas de mercado existentes e em desenvolvimento nos nossos co-anfitriões para grandes eventos desportivos e de entretenimento, incluindo o futebol. Estamos focados em garantir o acesso justo aos nossos jogos aos actuais e potenciais adeptos, e estamos a oferecer bilhetes para a fase de grupos a partir de 60 dólares americanos [cerca de 50 euros], um preço muito competitivo para um grande evento desportivo global nos EUA.»
Recentemente, refira-se, Zohran Mamdani, candidato à presidência de Nova Iorque, lançou uma petição intitulada Jogo Acima da Ganância para impedir a política de preços dinâmicos de bilhetes planeada pela FIFA para o Mundial 2026, que vai decorrer nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
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