Pogba: «Há momentos em que o diabo tenta dizer-te que acabou»
Paul Pogba regressou aos relvados, cerca de dois anos e dois meses depois. O médio francês entrou em campo aos 85' da goleada sofrida pelo Mónaco em Rennes (1-4), na 13.ª jornada da Ligue 1 e, no final da partida, não escondeu que batalhou «muitas emoções» num dia particularmente especial.
«Foi um caminho longo, hoje foi mais um passo e estou feliz por isso. De resto, estou doente por termos perdido. Preciso tempo para ganhar a melhor forma e cumprir 90 minutos. Mas com o tempo vai acontecer, treino para isso», explicou. O campeão do mundo em 2018 admitiu que «inicialmente foi estranho entrar no avião com a equipa», após mais dois anos afastado dos relvados, devido a uma longa suspensão por doping e inúmeras lesões.
Pogba reiterou que estava «desapontado» pelo resultado final, mas admitiu que ficou «tocado» pela reação surpreendente dos adeptos do Rennes, que pautaram a entrada em campo com uma enorme ovação. O médio de 32 anos defendeu que um eventual regresso à seleção não integra a lista de prioridades a curto prazo: «Penso em estar em forma para ajudar a equipa. Se jogar mal no Mónaco, podemos esquecer a seleção francesa. Está bem longe. Só penso no Mónaco.»
O antigo médio de Juventus e Manchester United considerou-se um «desafiador» e destacou a resiliência que pautou mais de dois anos fora dos relvados. Pogba rejeitou pendurar as botas: «O futebol não acabou para mim. Trabalhei, esperei mais de dois anos para voltar. Quero divertir-me. Apesar de tudo o que aconteceu, de todas as histórias, fui eu quem sofreu mais.»
«Há momentos em que o diabo tenta entrar na tua cabeça para dizer que acabou, mas há um deus bom. Acredito em mim, nas minhas qualidade. Não fiz nada, a culpa não foi minha, sempre mantive a esperança», reiterou o médio do Mónaco.