«Pedro Proença? Tenho de concordar que tem deixado a desejar»

Há um ano, a 16 de novembro, num artigo de opinião em A Bola com o título «Em nome do futuro», Nuno Gomes explicava que, pela experiência que tinhas tido enquanto embaixador da Liga, apoiava Pedro Proença para a FPF. Hoje tem opinião diferente e sublinha que não foi ele, Nuno Gomes, que foi votar em Pronça...

- Hoje ainda concordas com tudo aquilo que escreveste a apoiar Pedro Proença ou o que tem acontecido fez-te mudar a visão que tinhas? 

Eu não fui lá votar em Pedro Proença. Dei o meu apoio pois na altura pareceu-me ser o mais indicado para que houvesse uma mudança no futebol português. Defendo a limitação de mandatos. Acho que as organizações com poderes instituídos, e com as mesmas pessoas a trabalhar nelas durante muito tempo, criam vícios, criam rotinas que não são propícias à evolução. Pareceu-me, na altura, e peço desculpa a Nuno Lobo se ferir alguma suscetibilidade, ser essa continuidade da anterior direção. Portanto, Pedro Proença, que eu conhecia por trabalhar voluntariamente na Liga, pareceu-me ser uma pessoa dedicada para que essa mudança se pudesse dar. Nós temos de fazer essa avaliação do que tem sido o primeiro mandato de Pedro Proença e tenho de concordar que tem deixado a desejar. Acredito que este primeiro ano tenha sido bastante difícil para a direção de Proença, mas tem existido também muito barulho à volta daquilo que são muitas decisões conturbadas. Um dos pontos que é aquele episódio, muito feio e grave, da Taça de Portugal, em que em termos de comunicação a Federação podia e devia ter feito melhor. Agora vou estar numa lista em que por cima de mim há um presidente, e eu vou estar alinhado com as ideias dele. O que é certo é que nós vamos defender os interesses do Benfica acima de tudo. E, portanto, se tivermos de ir contra Pedro Proença ou contra quem quer que seja, vamos, porque vamos defender o Benfica até ao fim das nossas vidas.