Pavlidis torce nariz ao antijogo em Portugal mas confessa: «Estou feliz no Benfica»
Pavlidis foi contratado pelo Benfica aos neerlandeses do AZ Alkmaar, assinou até 2029 e ficou com uma cláusula de rescisão no valor de €100 milhões. Numa entrevista ao portal Athletiko, o ponta de lança internacional grego dos encarnados sorriu quando foi confrontado com os três dígitos da cláusula do contrato.
Se me perguntassem há cinco anos onde é que estaria, se estaria no Benfica e se teria marcado estes golos, diria que estavam loucos.
«Nem consigo pensar nisso! Digo sempre que são exageros. É um exagero. Ler 100 milhões... Sei onde comecei, mas o futuro nunca se sabe. Se me perguntassem há cinco anos onde é que estaria, se estaria no Benfica e se teria marcado estes golos, diria que estavam loucos. Estou a aproveitar, a passar um bom momento. Estou a gostar da minha vida aqui e o que tiver de acontecer no futuro, acontecerá. Acredito no destino. Cheguei a fazer planos nos verões passados que nunca aconteceram», disse Pavlidis, recordando o trajeto nos Países Baixos e os 46 golos e 14 assistências que tem em 84 jogos pelo Benfica nas duas últimas épocas.
Recordando a carreira, Pavlidis, 27 anos, diz que a «liga holandesa está num nível muito elevado, com uma grande qualidade. Exige muita técnica, corre-se muito, é muito veloz. E bem mais aberta. As equipas querem dar espetáculo, não se fecham». Uma análise que compara ao que encontra em Portugal: «Aqui é mais tático, mais bloco baixo. Serve mais para atrasar o jogo, é diferente. Joga-se mais para o resultado do que para a exibição. A equipa mais pequena vai tentar, desde o primeiro minuto, fazer antijogo para tirar algo, mesmo que seja um ponto. Nos Países Baixos, não se jogava para o empate.»
Aqui é mais tático, mais bloco baixo. Serve mais para atrasar o jogo, é diferente. Joga-se mais para o resultado do que para a exibição.
Pavlidis falou da carreira inteira, mas o momento atual e o Benfica foram tema central da entrevista. «A pressão aqui não se compara com o AZ Alkmaar. Respeito muito o AZ, mas aqui a exigência dos adeptos é enorme. Tens de ganhar e jogar bem. Mesmo que ganhes 3-0, tens de mostrar qualidade, bom futebol, pedem que mostres que és jogador do Benfica e que, para jogares no Benfica, tens de ter a qualidade de um jogador à Benfica. É assim que vejo. Há adeptos em todo o lado. O que fizeram agora com as eleições, 93 mil pessoas a votar? É quase o dobro do registo do Barcelona. Quando jogas um particular e tens 50 mil pessoas no estádio... Não é normal. Quantas equipas no mundo conseguem algo assim? Leva tempo a adaptar. O Samaris ajudou-me muito, o Odysseas [Vlachodimos] explicou-me...», recorda o jogador grego; questionado sobre onde vê daqui a cinco anos, não foi capaz de concretizar: «Aprendi a não fazer planos a longo prazo. No futebol tudo muda muito rápido. Estou feliz no Benfica, a desfrutar da minha vida aqui. Acredito no destino. O que tiver de ser, será.»